Quase 200 pessoas morrem em tentativa de golpe na Turquia
Quase 200 pessoas morreram em uma tentativa de golpe militar de Estado conduzida na sexta-feira (15), na Turquia, por uma facção das forças armadas do país. Os militares chegaram a realizar movimentos com tanques e helicópteros para tomar o poder: assumiram a TV estatal, impuseram a lei marcial e um toque de recolher, atacaram a sede do órgão de inteligência turco e atiraram no prédio do Parlamento do país e em um resort na cidade portuária de Marmaris.
No entanto, no final da noite de ontem e na madrugada deste sábado (16) milhares de turcos responderam positivamente ao apelo do presidente Tayyip Erdogan para resistir ao golpe e tomaram as ruas de Ancara (capital do país) e de Istambul (principal cidade da Turquia). Em consequência, dezenas de soldados que atuaram em favor do golpe abandonaram os tanques nas ruas. Esses tanques foram ocupados por civis que apoiam o presidente Erdogan.
Comunicado distribuído à imprensa pela Embaixada da Turquia em Washington, capital dos Estados Unidos, informou, no final da noite de ontem, que “o que se desenrolou na Turquia foi uma tentativa de golpe para derrubar o governo democraticamente eleito".
O documento informou ainda que "a tentativa foi frustrada pelo povo turco em unidade e solidariedade”. Segundo o comunicado, a tentativa de golpe foi conduzida por “uma minoria” dentro das Forças Armadas.
Hoje pela manhã, a agência Anadolu, a principal do país, informou que 1.563 membros das forças armadas foram detidos em todo o país. De acordo com o Ministério do Interior, cinco generais e 29 coronéis foram afastados das suas funções.
Cerca de 200 soldados desarmados deixaram quartéis militares da Turquia e se entregaram à polícia, segundo informou a Agência Anadolu.
A tentativa de golpe começou a se reverter, ontem, a partir do momento em que o presidente Tayyp Erdogan desembarcou no Aeroporto de Istambul, vindo de um local não identificado. Em seguida, ele fez um apelo dramático para que a população do país fosse às ruas.