Já começou o último final de semana com programação da 12ª Pelznickelplatz, promovida pela Sociedade do Pelznickel, em Guabiruba. A noite de sexta-feira (13) foi repleta de momentos emocionantes, sustos e muitas risadas em família, tanto os veteranos da tradição quanto aqueles que tiveram seu primeiro contato com os personagens de origem alemã, que tornam o Natal de Guabiruba o mais tradicional do Brasil.
A programação continua neste sábado (14) à partir das 19h e encerra no domingo (15), a partir das 17h, na rua Nicolau Schaefer, 647, no bairro Imigrantes. O ingresso da tradição custa R$ 10 e crianças até 12 anos não pagam.
“A sexta-feira na Pelznickelplatz foi um verdadeiro sucesso! É emocionante ver como a tradição do Pelznickel continua encantando pessoas de todas as idades, desde crianças curiosas até os mais velhos, que revivem memórias de infância aqui na Casa. Receber tantas famílias demonstra a importância de mantermos viva a identidade dessa cultura. Estamos com ótimas expectativas para os dois últimos dias de programação e preparados para proporcionar ainda mais momentos de alegria, diversão e conexão com as nossas raízes. Convidamos toda a comunidade para viver essa experiência única com a gente!”, destaca o presidente da Sociedade do Pelznickel, Vandrigo Kohler.
Famílias unidas pela tradição
Entre as centenas de visitantes que passaram pela Pelznickelplatz, um grupo com mais de 20 pessoas veio de Itajaí (SC) especialmente para vivenciar a tradição de Natal, na Capital Catarinense do Pelznickel.
Valmor Spengler, que já conhecia de perto os Pelznickels, foi quem deu a ideia do passeio para os integrantes do Grupo Feirino Tonhão, que se reúne todas as sextas-feiras para confraternizar entre família e amigos. “Decidimos fazer o encontro do feirino em um local diferente, que tem a ver com esta época do ano. Todos toparam assim que dei a ideia. Não conseguimos reunir todo o grupo em função de outros compromissos, mas quem veio se divertiu muito”, conta.
Participante do grupo, o estivador Romulo Caio Nocetti Castro trouxe dois dos quatro filhos para conhecer a Casa. Catarina (4) e Miguel (9) estavam apreensivos no início da trilha e ficaram sempre perto do pai e dos avós. No final, adoraram o passeio em família. “Eu não conhecia de perto a tradição. Deu um pouco de ansiedade no início para saber como era o Pelznickel, mas adoramos a experiência. Foi muito show. Superou as expectativas. Tudo muito bem organizado e divertido”, avalia ele, que faz aniversário no Dia de São Nicolau - 6 de dezembro.
E não são somente os sustos e momentos de diversão que reúnem famílias na Casa do Papai Noel do Mato. O trabalho voluntário na Sociedade do Pelznickel também une gerações. Quem vê a oma Walmira Corrêa mexendo as panelas no fogão a lenha da cozinha da Pelznickelplatz, não imagina que ela realiza essa função com toda a família por perto, inclusive a mãe Luzi Weege (89), que mora em Blumenau e todos os anos vem a Guabiruba para interagir com o público, na máquina de costura ou na cadeira de balanço.
“Participamos desde 2015, se não me engano. Ser Oma na Casa não tem explicação. É maravilhoso! Ver as pessoas provarem as receitas antigas que cozinho e elogiarem é muito satisfatório”, destaca. “Meu marido é São Nicolau, minha neta trabalha na lojinha, o namorado dela no chope, outra neta trabalha no caixa, meu neto é Pelznickel e minha filha e genro trabalham no parque”, resume ela, sobre a participação da família na Pelznickelplatz.
Para a neta Aline Saionara Leite, é incrível fazer parte da família do Papai Noel do Mato. “Fazer parte da família do Pelznickel e trabalhar com a minha família é muito bom. A cada ano um foi trazendo o outro e agora estamos todos juntos”, comemora ela, que quando criança sentia muito medo do Pelznickel. “Ele ajuda as crianças a terem bom comportamento e irem bem na escola. Então hoje em dia poder fazer parte dessa tradição, é muito especial”, completa.
Quem também trabalha em família é o Pelznickel Fabiano do Nascimento, que reveza a presença na trilha com o filho Luiz Felipe Santos do Nascimento, de apenas 14 anos. “É muito especial poder viver essa tradição com minha família e compartilhar o que significa ser um Pelznickel. É algo que fortalece nossos laços e o amor pela nossa cultura. Minha esposa e filha também fazem parte da Sociedade. No começo eu vinha sozinho, agora está bem melhor”, afirma.
Fabiano conta que a tradição foi passada ao filho desde que ele era muito pequeno e ainda tinha medo do Pelznickel. “Ele me ajudava a fazer a roupa - na época, a gente colava barba de velho em uma camiseta - mas mesmo assim tinha muito medo. Com uns oito nove anos ele começou a se vestir também e logo iniciou aqui na Casa.
Confira:
Sábado, 14 de dezembro
19h abertura
19h Dupla Fran e Davi
22h15 Grupo Terno de Reis Camelos de Belém
23h Encerramento
Domingo, 15
17h Orquestra
18h30 Alex
20h15 Grupo Terno de Reis Camelos de Belém
21h Encerramento