A Secretaria de Educação, por meio da equipe de Robótica Educacional, promoveu um importante experimento neurocientífico nesta quinta-feira (12). A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Faculdade de Ciências, Educação, Saúde, Pesquisa e Gestão, Censupeg, de Joinville, contou com o uso de um aparelho de eletroencefalograma para avaliar o impacto do projeto Magicubo, na aprendizagem dos alunos da rede municipal.
O estudo foi realizado com oito estudantes que participam do projeto Magicubo, que utiliza o cubo mágico como ferramenta pedagógica. O experimento teve como objetivo analisar as áreas cerebrais estimuladas pela resolução do cubo e pela metodologia aplicada nos clubes Magicubo em sala de aula. O aparelho utilizado foi trazido pelo doutor Fabrício Bruno, neurocientista e coordenador do curso de pós-graduação em Neuropsicopedagogia na Censupeg, que também conduziu o experimento.
“Os dados iniciais indicam diferenças significativas entre os alunos do projeto e um grupo de controle composto por crianças que não praticam o cubo mágico. No teste de nomeação automatizada, os participantes do projeto demonstraram maior rapidez”, explica a secretária de Educação, Franciele Mayer. No teste de automonitoramento, apresentaram índices mais altos de acertos. Além disso, os padrões eletrocorticais mostraram maior eficiência durante a execução de tarefas como nomeação automatizada, acesso lexical e memória operacional.
As diferenças foram observadas especialmente em dois pontos das áreas de linguagem, localizadas entre as regiões parietal e temporal do cérebro, sugerindo que a metodologia do Magicubo estimula diretamente essas regiões.
Participaram do experimento alunos das escolas EEF Augusta Dutra de Souza e EEF Alberto Pretti, que foram selecionadas como piloto para a implementação da metodologia. Os professores dessas instituições passaram por uma formação em Neuroeducação, ministrada pelo Dr. Fabrício Bruno e pela professora Érica Garcia, coordenadora pedagógica do projeto Magicubo.
O experimento também incluiu a avaliação de um novo protótipo do cubo inclusivo, desenvolvido pela equipe do Laboratório Itinerante de Robótica Educacional, LIRE. “O dispositivo foi criado para atender alunos com comprometimento nos movimentos dos membros superiores ou inferiores. Como parte do planejamento para 2025, está sendo realizado um mapeamento na rede municipal para identificar estudantes com comprometimentos neurológicos e motores e entender suas necessidades”, continua a secretária.
“Nossa maior expectativa é contribuir não apenas para avanços no campo da aprendizagem, mas também para a inclusão desses estudantes”, finaliza Fran.