Na noite desta terça-feira (26), o fechamento das aulas noturnas na Escola Araújo voltou a ser debatido na Câmara de Vereadores de Brusque. Os parlamentares apresentaram as justificativas do Governo do Estado para a decisão.
Após a sessão, o vereador Jean Pirola (Progressistas) comentou sobre a reunião que teve com a coordenadora regional de Educação, Flávia D’Alonso, que expôs os motivos do governo.
“Estivemos no CRE, com a coordenadora regional Flávia, que nos apresentou estudos e dados que justificam a decisão. Ela explicou que não se trata de um fechamento, mas de uma otimização de vagas, buscando transferir os alunos para escolas com melhores condições, com laboratórios, transporte público mais eficiente e infraestrutura superior.
Ele também falou sobre os números que evidenciam a baixa demanda de alunos:
“Pelos números apresentados, vimos que a demanda atual não sustenta o funcionamento. Há apenas uma sala do terceirão com 27 alunos, e outras turmas não chegam a 30 estudantes, que seria o máximo por sala. Apesar disso, deixei claro que sou contra o fechamento do período noturno no Araújo Brusque. Contudo, com a evasão e a redução de matrículas, especialmente nos terceirões, entendo que essa reorganização pode trazer vantagens, como melhores recursos para os alunos e maior aproveitamento dos profissionais”, explicou Pirola.
Outro vereador que se manifestou sobre o tema foi Nik Imhof (MDB), que levantou dúvidas sobre a eficácia da medida para combater a evasão escolar.
“O líder do governo, Valdir Hinselmann, argumentou que o fechamento do período noturno no Araújo e a transferência para o Feliciano visam diminuir a evasão escolar e melhorar a qualidade do ensino, além de reduzir custos. Mas será que concentrar alunos em menos unidades realmente resolve a evasão? Eu acredito que não.
Em seguida, Nik destacou o impacto do fechamento para a comunidade local:
“O Araújo está localizado em um ponto estratégico no bairro São Luís, atendendo várias comunidades ao redor. Fechar o período noturno pode, na verdade, aumentar a evasão, já que muitos estudantes podem não conseguir se deslocar para outras escolas”, afirmou Nik.