A conversa do Conexão 92 desta quinta-feira (21) foi com o vice-presidente da Sociedade do Pelznickel, Jocimar Fischer. O clube está nos preparativos finais do XII Pelznickelplatz. “Estamos num trabalho intenso para deixar tudo pronto”, destacou o dirigente. O festival será promovido no espaço que fica na rua Nicolau Schaefer, 647, no bairro Imigrante, em Guabiruba, Capital Catarinense do Pelznickel – tradição germânica trazida pelos colonizadores para a região.
O público poderá prestigiar o festival nos dias 6, 7, 13 e 14 de dezembro, das 19h às 23h, e nos dias 8 e 15 de dezembro, das 17h às 21h. Fischer informou que o ingresso da tradição poderá ser adquirido por R$ 10. Crianças até 12 anos, idosos e pessoas com deficiência (PcD) não pagam. Será gratuito também o acesso às atrações musicais e à praça de alimentação.
O Pelznickel é conhecido como o Papai Noel do Mato. “Eles cobram obediência das crianças”, disse Fischer. A figura lendária é patrimônio cultural, histórico e imaterial do município. Na época do Natal, os integrantes da Sociedade se fantasiam de Papai Noel do Mato. O clube foi formado por dois grupos da cidade, sendo dos bairros São Pedro e Guabiruba Sul. O dirigente contou que os voluntários do São Pedro costumam usar trajes feitos com barba-de-velho (bromélia) e tecidos escuros rasgados. Já os do Guabiruba Sul utilizam folhas e palmeiras para confeccionar as roupas. “Por mais que os dois grupos tenham se unidos, cada um mantém a forma como faziam antes.”
Conforme o modelo, a roupa do Pelznickel chega a pesar entre oito a 10 quilos. “Em dias de chuva, ela dobra o peso. O calor é ruim, o calor demais, mas também em dias de chuvas é ruim, porque acaba pensando nos trajes”, explicou.
Fischer comentou que o número de visitantes cresce a cada ano e, por esse motivo, é necessário que o evento ocorra em local maior. Segundo ele, a Sociedade está em tratativa com a prefeitura para concessão de um espaço no parque municipal. “Começou com três mil pessoas e já chegamos a receber 17 mil pessoas.” O festival recebe visitantes do estado e de outras regiões do Brasil, bem como já contou com a presença de turistas alemães e bélgicos.
A Sociedade reúne cerca de 120 integrantes. “Para fazer o evento, a gente precisa muito da ajuda dessas pessoas, porque em 10, 15 pessoas não tem como fazer devido à grandiosidade com que o evento se tornou”, ressaltou. “A gente consegue manter essa tradição porque todos os que estão lá são voluntários e fazem por amor. Querem transmitir para as crianças de hoje aquilo que eles vivenciaram lá atrás”, completou.