Saúde é uma pauta a sempre ser abordada e dentro da medicina podemos encontrar diversas especializações. Entretanto, a comentada no programa Rádio Revista Cidade, na manhã desta quarta-feira (2), foi a da endocrinologia e, para falar sobre assuntos voltados à especialidade, a 92.3 FM entrevistou o Doutor Frederico Guimarães Marchisotti, médico endocrinologista.
Um dos assuntos iniciais a serem falados foi sobre a testosterona, hormônio esse voltado a dar características masculinas àqueles que a tomarem. O médico disse que, conforme a idade avança, é comum que a taxa caía e que é possível que a reposição seja feita, caso necessário e afete a autoestima da pessoa, igualmente.
Alguns sintomas da queda da testosterona citados por Frederico são a falha no crescimento de pelos corporais, diminuição da libido, disfunção erétil e fraqueza. Outro ponto interessante que foi dito por Marchisotti foi da gordura abdominal em homens.
“Esses homens também podem ter valores de testosterona baixa, por uma série de mecanismos ainda não todos compreendidos, mas que tem a ver com a resistência à insulina, com a transformação de estradiol na gordura. Para esses homens é interessante dosar a testosterona. Ele está com falta naquele momento, mas não quer dizer que ele tenha, de fato, a falta,” contou.
Ou seja, o correto a ser feito é a reposição do hormônio que está em falta temporariamente, realizar o processo de emagrecimento, a mudança de hábitos e, em seguida, fazer com que a pessoa pare de tomar o hormônio.
Abusos
Já é de amplo conhecimento que o abuso de substâncias gera malefícios à saúde, e com este hormônio não é diferente. Guimarães disse que, o uso sem controle já vira uma prática voltada a anabolizantes. Apesar dos benefícios, como o ganho de massa magra e a força, para ele, um dos piores efeitos colaterais é o da dependência. A redução, segundo o doutor, deve ser feita progressivamente, pois, caso contrário, o homem pode sentir as consequências no psicológico também. O uso abusivo da substância igualmente aumenta os índices de mortalidade.
Ozempic
A substância da comumente chamada Ozempic é comercializada como a semaglutida. Ela é voltada para o público diabético. Porém, ultimamente, outro uso seu tem sido popular entre as pessoas, mais especificamente àquelas que buscam o emagrecimento. Frederico disse que são poucos os efeitos colaterais e que suas taxas de sucesso são altas para aqueles que tem como alvo a perca de peso. Hoje em dia há duas formas de administrar a Ozempic: subcutânea e oral.
No caso do paciente com diabetes, Marchisotti relatou como funciona a semaglutida no organismo. “Além de aumentar a saciedade, que também é bom para o diabético, faz ele comer menos, ajuda a aumentar a insulina e diminui o nível de glucadon, hormônio esse que aumenta a glicose.
Quem é o doutor?
Frederico Guimarães Marchisotti é graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Fez residência clínica no Hospital Municipal de Belo Horizonte (Odilon Behrens), residência em Endocrinologia e Metabologia em São Paulo e finalizou a formação acadêmica com mestrado em Ciências (Endocrinologia Pediátrica), na Universidade de São Paulo (USP). Já trabalhou no maior laboratório de análises clínicas da América Latina e 5ª maior do mundo (DASA-SA), atuando como coordenador médico do setor de hormônios e de testes funcionais da sede em São Paulo. Atualmente, possui consultório médico, com atendimento em Brusque.
Além da entrevista, internautas realizaram perguntas ao doutor. Clique no vídeo para assistir ao vídeo completo.