Moradores das ruas Osvaldo Niebuhr, Zulmira Raizer, Benjamim Beber e da NB-020, no bairro Nova Brasília, têm se queixado da constante poeira gerada por caminhões caçamba que transportam terra de uma obra de terraplenagem localizada nos fundos da empresa Molas Brusque. Vários vídeos foram gravados mostrando caminhões circulando sem a lona de proteção, o que aumenta o risco de derramamento da carga. Situação semelhante a estas foi registrada em agosto na Rua Oswaldo Heil, no bairro Santa Terezinha, motivando duas reportagens da Rádio Cidade.
Em resposta, o engenheiro Cristiano Olinger, superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), confirmou que se trata de uma obra de grande porte e que uma fiscalização seria realizada para averiguar a situação. A Rádio Cidade apurou, em outra ocasião, que a empresa responsável pela obra tem autorização para a atividade.
A Preto Terraplanagem, empresa executora da obra, entrou em contato com a emissora, explicando que o caminhão sem lona mencionado nas reportagens era operado por um freteiro que teria esquecido de cobrir a carga, mas ressaltou que isso foi um caso isolado. A empresa também afirmou que o caminhão-pipa está constantemente molhando a estrada, tanto no início da manhã quanto no final da tarde para controlar a poeira, e que no dia do incidente o caminhão estava em manutenção durante parte da manhã.
Carlos Fischer, proprietário da Molas Brusque, que contratou os serviços de terraplenagem, destacou que a empresa está tomando todas as precauções para minimizar os transtornos e que irá acompanhar de perto o andamento da obra. Fischer também mencionou que há outras três obras de terraplenagem em andamento na região do Nova Brasília, além da realizada pela Molas Brusque, e que o tráfego de caminhões transportando terra da Limeira também contribui para o problema. "Estamos ampliando a empresa para gerar empregos e movimentar a economia, mas isso exige muitos investimentos e trabalho. Vamos nos reunir para avaliar o que mais pode ser feito para reduzir os impactos", afirmou o empresário.
A equipe da Rádio Cidade voltou a contatar a Fundema para obter informações sobre as outras obras em andamento na região, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu resposta.