Havan reabre megaloja em Lajeado neste sábado

Após mais de um mês de reconstrução, a Havan de Lajeado (RS) reabre neste sábado, 22, às 10h. A megaloja, localizada às margens do rio Taquari, foi totalmente destruída durante a enchente de maio. 

Diante da tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, a varejista destinou todo o Troco Solidário do mês de maio às vítimas das enchentes. Os R$ 7 milhões arrecadados estão sendo distribuídos entre 700 famílias do estado e cada uma delas receberá a quantia de R$ 10 mil. Os clubes de serviço, Rotary e Lions, são os responsáveis pela distribuição dos valores.

Às vésperas do seu aniversário de 55 anos, Glaci Fròder, recebeu o valor de R$ 10 mil que vão ajudá-la a recomeçar sua vida. Ela perdeu sua casa, onde vivia com sua família desde 2001, no bairro Hidráulica, em Lajeado (RS). A residência veio abaixo e, infelizmente, ela não vai poder reconstruir sua casa, mas garante que esse dinheiro vai ajuda-los a encontrar um novo lar.

Há poucos metros dali, em uma rua que teve todas as casas destruídas, o radialista Mauricio Lazaretti, viu a água subir tão depressa, que nem deu tempo de tirar nada. Ele morava com a esposa e duas filhas, sendo uma delas um bebê de 8 meses. São tantos escombros, que ele mal consegue chegar na casa. A sogra, Marilene Beatriz Petter, de 65 anos, cresceu nesse local não vê mais a possibilidade de reconstrução. 

“Essa terra era do meu pai e, infelizmente, não podemos continuar aqui, mas o valor doado pela Havan vai nos ajudar a pagar um aluguel para que eu, minha filha, minhas netas e meu genro tenhamos um novo teto e possamos conquistar de novo tudo o que perdemos”, afirma.

No Centro da cidade, a casa da técnica de enfermagem Marilda Campos Pfutz Fiuza também ficou submersa pelas águas do rio Taquari. Assim como os outros, a propriedade também sofreu sérios danos nas estruturas e ela recebeu os R$ 10 mil. A filha dela, Maria Luiza Pfutz Fiuza, de 23 anos, agradeceu a doação e declarou que a reabertura da loja traz uma nova energia de recomeço.

“A Havan, para mim, representa força. A mesma força do nosso povo. O Luciano não desistiu de reconstruir a loja, manteve todos os empregos, mesmo com a loja fechada. Então, para mim, essa reabertura demonstra um recomeço, o mesmo que eu quero para mim, para minha família e para todos que perderam tudo nessa tragédia”, diz a assistente jurídica.

Além dos R$ 7 milhões do Troco Solidário, que foram arrecadados com a doação dos clientes das 176 lojas em todo o Brasil, a Havan doou mais R$ 3 milhões. Esse valor foi dividido em cartões solidários de R$ 1000, para que as pessoas que sofreram com a enchente possam comprar na loja.