Em decisão inédita e polemica nesta quarta-feira (6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, anulou todas as provas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva obtidas na Operação Lava Jato através de acordo de leniência com a Empreiteira Odebrecht. Além disso, ele classificou a prisão de Lula em 2018 como “o maior erro da história”.
A decisão e Tóffoli saiu após ação impetrada na corte pela defesa de Lula, questionando todo o processo em questão. Foram 135 páginas em que discorre acerca dos detalhes da prisão, a investigação feita pela equipe de procuradores de Curitiba (PR) e as decisões do ex-juiz federal Sérgio Moro, atualmente senador pela estado paranaense.
O ministro ainda classifica a operação como ação coordenada de pessoas interessadas em ascender ao poder, em referência a Deltan Dallagnol e Sergio Moro, procurador e juiz da Lava jato à época, sendo a operação o início de todo processo de ataques às instituições, como o próprio STF, que ganharam força durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Por fim, Tóffoli afirma que a Lava Jato conseguiu atacar em muitos casos a corrupção, de fato, mas que os envolvidos usaram de meios e artifícios à margem da legalidade para atingir os objetivos.