Dificuldade de conseguir patrocínios pode cancelar a Fenarreco
A dificuldade em obter auxílio através de patrocínios pode levar ao cancelamento da edição deste ano da Festa Nacional do Marreco (Fenarreco). Mesmo diante da intenção de mantê-la no calendário, a Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura de Brusque não conseguiu nenhum apoiador nesse sentido até o momento.
O diretor de Turismo, Sérgio Kunitz, afirma que as dificuldades financeiras que estão enfrentando as empresas por conta da pandemia e dos reflexos na economia é o motivo para isso. Apenas a rede Havan manteve o apoio, mas através de divulgação e não recursos financeiros diretos no evento.
“Hoje, na situação em que se encontram nossas empresas, comércio, indústria, os empresários não estão com essa condição de estar patrocinando e ajudando”, pontua ele.
Kunitz afirma que tem feito conversas com cidades da região, principalmente Blumenau e Itajaí, que realizam, respectivamente, a Oktoberfest e a Marejada. Ambas são incertas quanto a realizar. No caso de Itajaí, a Prefeitura já suspendeu o evento, que pode até acontecer, dependendo das condições em que estiver a situação da pandemia.
Já Blumenau trabalha com outra possibilidade, caso a festa de outubro não aconteça.
“Ou fazem a Oktober ou uma festa da cerveja em novembro. A ideia é fazer a maior festa da cerveja do Brasil”, disse ele em entrevista à Rádio Cidade.
Kunitz lembra que seria mais fácil cancelar, mas a indecisão se deve ao fato de que a não realização dos eventos vai impactar ainda mais na economia destas cidades e da região. Isso porque eles movimentam parcela significativa de pessoas contratadas para trabalhar, além da comercialização de serviços ou produtos. No caso da de Blumenau, por exemplo, são em torno de seis mil pessoas. A Fenarreco, em menor proporção, passa de duas mil.
Em Brusque, a Prefeitura está fazendo várias simulações de cenários para ver a possibilidade de realização. Não apenas pelo impacto financeiro, mas importância histórica da Fenarreco. O problema são as despesas. Segundo Kunitz, são em torno de 33 serviços que precisam ser contratados e cujos custos recaem direto no caixa da Prefeitura. A situação dos desdobramentos da pandemia é que vai dizer se a festa acontece ou não.
“Se ela persistir, vai ficar difícil de fazer o que temos programado. Não podemos dizer quanto tempo o Centro de Triagem vai ficar ali (no espaço do pavilhão). Financeiramente, nos prejudica, porque temos que devolver valores, que já estavam pagos”, destaca Kunitz.
Colaborou Camila Costa