Ontem, quarta-feira (14), atendendo à determinação da justiça, o deputado estadual e ex-prefeito de Brusque, Ciro Marcial Roza, devolveu aos cofres públicos o valor de R$ 1,65 milhão. O dinheiro é referente a uma ação de 2012, em que a Advocacia Geral da União (AGU) indica Roza como envolvido em irregularidades na contratação de obras executadas quando era prefeito. Este valor devolvido aos cofres do município é resultado de parte da dívida que soma R$ 3,3 milhões.

A AGU entende que Ciro Roza é um dos responsáveis pelas irregularidades em processos licitatórios, contratos e concorrências referentes às obras de prolongamento do canal extravassor do Rio Itajaí-Mirim e passagem em desnível. Ainda de acordo com a Advocacia Geral da União, durante as investigações ficou “comprovado que a empresa contratada se beneficiou indevidamente, o que a colocou também como réu na ação”.

Conforme o Tribunal de Contas da União, houve “má utilização dos recursos federais do Ministério da Integração Nacional nas obras de contenção de enchentes repassados ao município de Brusque", informou a assessoria da AGU.

A Justiça determinou, ainda, o ressarcimento dos valores e multa. Em fevereiro de 2014, a Advocacia-Geral da União solicitou a penhora dos bens, além do bloqueio das contas bancárias do ex-prefeito e da empresa envolvida. Na ocasião, foram bloqueados cerca de R$ 7 milhões em bens de Ciro Roza. Para quitar parte da dívida de R$ 3,3 milhões, a justiça determinou o leilão da casa do ex-prefeito de Brusque.

Roza concordou em devolver R$ 1,65 milhão aos cofres públicos para não perder o imóvel. O depósito do dinheiro foi confirmado pela AGU nesta quarta-feira. O órgão analisa o pedido de parcelamento do restante da cobrança.

FONTE G1