Doentes devem ir à justiça, diz Venzon
A falta de medicamentos nos postos de saúde em diversas cidades catarinenses tem sido amplamente abordado pelo deputado estadual Serafim Venzon (PSDB) nas sessões da Assembleia Legislativa. Entre os municípios, o deputado citou Brusque e tem questionado a falta de coquetéis para controle do vírus HIV, medicamento essencial para o tratamento dos portadores do vírus.
Em busca de mais informações para entender o porquê da falta deste medicamento de necessidade básica aos aidéticos, Venzon se reuniu em Florianópolis com o diretor de Vigilância Epidemiológica do governo do estado, Eduardo Macário. A deficiência de medicamentos, segundo Macário, é verificada em várias regiões de Santa Catarina.
Segundo ele, houve um erro cometido pelo Ministério da Saúde, a quem compete enviar o material aos postos de saúde. A aquisição do lote não foi suficiente para atender a demanda e parte destes medicamentos teve seu estoque esgotado já no mês de abril.
O deputado enfatiza que com a falta do coquetel para os portadores do vírus HIV chegou a pensar até que o número de pessoas contaminadas com o vírus tivesse tido um acréscimo significativo, o que foi descartado por Eduardo Macário. O que aconteceu mesmo foi a falta de planejamento do Ministério da Saúde na hora da aquisição do material. Macário disse a situação deverá se normalizar nos próximos meses, pois é necessário esperar toda a parte burocrática de um novo processo licitatório para a compra do medicamento.
Neste período, Serafim Venzon orienta a população para que em casos extremos seja buscado o auxílio via judicial, pois com a determinação da justiça, caso necessário, a Prefeitura do município terá de adquirir o medicamento e repassar ao paciente.
Venzon lamenta a situação verificada não apenas em Brusque, mas em diversas cidades catarinenses. Ainda de acordo com o tucano, em contato com diversas pessoas, estas relataram que na falta de medicamentos, sem alternativas, muitos se obrigam a comprá-los, sendo que este direito está resguardado a todo e qualquer cidadão brasileiro pela Constituição Federal, o que não está sendo respeitada pelo próprio governo federal, colocando em risco as leis e a democracia do país.