Mais uma denúncia contra o prefeito Paulo Eccel chegou à Câmara Municipal de Brusque. porém, ao contrário das anteriores, esta foi derrubada por maioria, inclusive com votos da oposição. Tratava-se de pedido para que o Legislativo criasse uma comissão para apurar o fato de Eccel não ter cumprido o pedido da própria Câmara quanto a realização de uma consulta popular sobre a implantação de radares, aprovada ainda no mês de março.

O vereador Alessandro Simas (PR) resumiu a decisão tomada pelos vereadores, contrariando o que se esperava, que era de acatar o pedido. Segundo ele, o Executivo não teria tempo hábil para realizar o pleito, pois necessita de apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para cumprir o que sugeriu a Câmara.

Em consulta ao órgão, o Executivo teria recebido a negativa para a realização por conta de que este ano há uma eleição e o tempo para que a consulta popular fosse estruturada seria muito pouco.

Outra situação que chamou atenção na sessão desta terça-feira do Legislativo brusquense foi um requerimento de autoria da vereadora Marli Leandro (PT). Nele, ela solicitava aprovação para que a secretária municipal da Saúde, Ana Baron Ludvig, fosse convidada para ir a uma sessão explanar sobre os trabalhos da pasta. Na votação houve empate de 7x7, cabendo ao presidente, Guilherme Marchewsky (PMDB), dar o voto de minerva.

O voto dele foi pela aprovação, justificando que a pasta possui uma gama muito grande de serviços executados e isso requer que preste esclarecimentos e contas do que se executa.
O vereador Dejair Machado (PSD) buscou justificar a postura dos sete que votaram contra a ida de Ana. “Temos tido um grande número de convidados que vêm à sessão ultimamente e isso tem atrapalhado o andamento dos trabalhos”, disse.

Jean Pirola (PP) seguiu na mesma linha e disse que a presença constante de convidados tem impedido que os vereadores usem a tribuna por conta do tempo curto da sessão. “Às vezes ficamos até seis sessões sem que os vereadores possam usar o espaço”, disse ele.

Na mesa sessão, os vereadores decidiram que os convidados serão limitados a um por mês, reservando-se a última sessão do período para que a pessoa possa participar da sessão.