(ÁUDIO) Secretário de Saúde afirma que momento não exige reabertura de Centro de Triagem
O Centro de Triagem para Sintomáticos Respiratórios não deve ser reaberto com o atual contexto de casos de Brusque. A posição foi comunicada durante entrevista coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (11).
A demanda havia sido reivindicada por entidades locais devido ao aumento de casos de síndrome respiratória e de covid-19, mas foi descartada, no momento, pelo secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Sousa. Para remontar a estrutura, afirma, seria necessário um grande aumento de casos ou uma mudança no perfil de gravidade registrado na cidade.
Segundo Quirino, a logística envolvida para montar e manter o Centro de Triagem exige cautela no momento de adotá-la. “Neste momento a gente acha que a reabertura do centro de triagem não é necessária”, afirmou.
Na avaliação dele, a cidade apenas descentralizou os serviços que vinham sendo prestados na estrutura, aproveitando os serviços prestados nos postos de saúde e nos Hospitais Azambuja e Dom Joaquim. Ele classificou a situação como preocupante, mas tranquilizou afirmando que a está longe do colapso.
O secretário também descartou que a cidade tenha passado por falta de médicos recentemente nas unidades e afirmou ser necessário que se evite o pânico quanto ao cenário. “Não procede a informação que a população está sem atendimento”, descreveu
Surto de doenças respiratórias
Durante a coletiva, o secretário reconheceu o momento de exceção por conta dos casos de síndromes respiratórias registrados. O encontro também serviu para o anúncio da instalação de um ônibus e duas tendas com profissionais da Saúde na praça Barão de Schneeburg. No local, a partir de quinta-feira (13), serão feitos testes, avaliações e encaminhamentos médicos.
Quirino criticou a disseminação de informações falsas envolvendo o combate às doenças e reforçou a atuação da equipe no dia a dia da Saúde. "A ciência sempre vai balizar a nossa conduta".
Na avaliação do médico infectologista, Ricardo Freitas, o aumento da demanda dos sistema de saúde se deve ao avanço de uma variante de gripe, que deve ter vacina disponível somente em março. Ele atribui o surto ao contágio generalizado durante o período de fim de ano.
Segundo Freitas, o cenário deve se manter por cerca de duas a três semanas, até que a circulação de pessoas reduza. Um dos pontos positivos destacados por ele, com relação ao momento quanto ao número de internações baixo. "Quando a gente baliza o enfrentamento a uma pandemia, queremos evitar a letalidade", descreve.
Para o prefeito em exercício,Gilmar Doerner, do estoque de 11 mil testes disponíveis em Brusque, as equipes da saúde têm conduzido os trabalhos com responsabilidade e sensibilidade. Quanto ao Centro de triagem, ele destacou ser uma decisão que depende do momento do enfrentamento às doenças. “Não estamos descartando, dependendo da necessidade, vamos reabrir”.