Sindicatos do setor da construção civil assinam nova Convenção Coletiva
Os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB), Izaias Otaviano, e das Indústrias da Construção e do Mobiliário (SINDUSCON), Fernando de Oliveira, assinaram na quinta-feira, 6, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2020-2021. O ato aconteceu pela manhã, na sede do sindicato laboral.
Diante da situação que vive o país em relação à pandemia, os dois sindicatos acertaram que o reajuste nos salários se dará de acordo com o percentual de inflação acumulado nos últimos 12 meses, valendo a partir de agosto. Todas as demais cláusulas da CCT acordada em 2019 foram mantidas.
A negociação coletiva deveria ter ocorrido em maio, quando é a data base do setor. No entanto, a proibição de se fazer assembleias por conta da pandemia fez com que não houvesse condições de se avançar nas tratativas. Por conta disso, os dois sindicatos acordaram prorrogar a validade das regras até o final de julho.
Para o presidente do SINDUSCON, como o índice de reajuste salarial foi baixo e não vai impactar muito no orçamento das empresas a negociação pode ser fechada com rapidez. Ele reconhece que os trabalhadores não têm culpa da situação e agilizar a negociação é o mínimo a ser feito neste momento.
“Nosso setor começou agora a ter reajuste nos materiais e insumos. Mas existe ainda um grande otimismo, pois achamos que vamos ser um dos primeiros setores da economia a ter recuperação”, pontua o empresário.
Já o presidente do SINTRICOMB lembra da importância da Convenção Coletiva, que tem poder e validade acima das leis federais. É ela que assegura muitas das conquistas e benefícios que todos os trabalhadores dos setor têm direito de usufruir, como o próprio reajuste nos salários.
“Por isso é importante fazermos uma convenção com essa, com equilíbrio entre as partes. Conseguimos fechar no INPC para não haver perdas. Sabemos que é um ano totalmente atípico que estamos vivendo. A pandemia tirou muitos postos de trabalho”, destaca ele.
Os pisos salariais serão reajustados em 3% e quem ganha acima disso terá reajuste de 2,45%.