Uma visita de rotina ao túmulo do pai, nesta terça-feira (18),  deixou o morador de Brusque, Felipe Martins, preocupado com a falta de manutenção ao longo do cemitério Parque da Saudade. Além de mato, as chuvas desta segunda-feira, acabaram inundando parte dos túmulos do local.

“O mato está tomando conta, muito material de obra, deixado”, relata, com relação à limpeza e conservação do espaço. Na avaliação dele, falta cuidado com o ambiente. ”A gente sabe que está difícil de mão de obra e muito problema com covid, muita gente morrendo, mas acredito que é possível a gente caprichar um pouco mais”.

Próximo do túmulo do pai, ele constatou túmulos praticamente cheios de água, acumuladas da chuva registrada nesta segunda-feira (17). “Mesmo que a gente saiba que morreu, mas é um ente querido que está ali, né?”

Segundo o secretário de Obras, Ricardo de Souza, com a limitação de contratação de servidores e o impacto da pandemia no quadro da pasta tem agravado a situação. Outro ponto levantado por ele é quanto ao crescimento mais rápido da vegetação nesse período do ano. 

“Estou com um problema seríssimo na secretaria de Obras. Hoje, das duas turmas de pedreiros, faltaram seis pessoas, oito, do pessoal de  limpeza e tubulação, ou seja, eu estou com um meu número de pessoal bem agravado”, descreve.

Ele ressalta que, além da estrutura do cemitério, também há maior demanda por serviços em bocas de lobo e nas ruas não pavimentadas da cidade. "Nesse período, para a secretaria, até abrir o próximo seletivo, em março, passamos por uma situação bem delicada”.