Pai foi preso suspeito de abusar sexualmente a filha de seis, mas foi solto por falta de provas no mesmo dia.

De acordo com matéria publicada pelo Diarinho, neste domingo (30), a criança passou a noite de sábado na casa do pai. No dia seguinte, quando a mãe buscou a criança, a ex-sogra lhe informou sobre um sagramento vaginal, ocasionado por uma queda da cama do quarto do pai no sábado, por volta das 23h.

No entanto, pela manhã, a criança reclamou de dores. A mãe ao estranhar a ausência de lesões da queda, levou a criança ao centro Integrado de Saúde de Itajaí. No local, o médico constatou dificuldade para urinar. Durante a pré-avaliação, não houve indicação de tombo, além das partes íntimas da criança apresentarem edemas, hematomas e um pequeno corte. Com isso, foi orientado a mãe levar a criança até um médico legista, devido a suspeita de violência sexual.

A Polícia Militar saiu em busca do pai para efetuar a prisão em flagrante e ser levado para central de Plantão Policial. No entanto, ao chegar na delegacia, o homem foi liberado pelo delegado de plantão, por meio de telefonema, após se recusar ir até a delegacia para averiguação de um caso, ao qual não considerou flagrante.

Nesta tarde, o delegado regional de Itajaí, Márcio Colatto, explicou sobre a decisão do delegado de plantão. De acordo com ele, o delegado possui capacidade e conhecimento jurídico para definir o que é flagrante ou não. "O que ele não pode fazer é prender alguém em flagrante sem que tenha elementos suficientes, isso seria abuso de poder” enfatizou.

Ainda de acordo com ele, neste caso, é necessário o exame de corpo delito da vítima e, se houver elementos, solicitar a prisão preventiva do acusado ou encaminhar o caso para delegacia especializada, de proteção à criança, adolescente, mulher e idoso.

Mãe e filha farão o exame no IML na segunda-feira, para fazer a  perícia e confirmar o suposto abuso sexual.