No último dia 14, encerrou o prazo para inscrição de ONGs interessadas em firmar convênio com a Secretaria de Saúde para servirem de lares temporários de animais atendidos pelo programa Bem Estar Animal. Apenas uma entidade apresentou a documentação exigida  e apresentou o pedido para prestação do serviço.

A Acapra já mantinha atuação semelhante à descrita no edital e, caso aprovada a inscrição, passa a  abrigar animais acidentados, abandonados, resgatados de situação de maus tratos ou em risco de vida, abrangidos pelo programa.

Pela iniciativa, a ONG vencedora também auxiliará no encaminhamento para tratamentos ou castrações, além da busca por adoção dos animais. Segundo a presidente da Acapra, Jéssica Ricardo, a medida é positiva e deve permitir uma maior atenção na busca por adoções e melhorias nos serviços, como o cadastro e a  castração de animais que serão destinados para a castração.

De acordo com ela, hoje, as ações para arrecadação de verbas acabam tomando tempo e pessoal da ONG, o que limita a atuação. “A verba vai ajudar a desafogar um pouco. A Acapra, todos, os meses, luta para não fechar no vermelho”

Com cerca de 10 lares temporários recebendo animais de forma fixa ou esporádica, a Acapra chegou a ficar cerca de um um ano e meio sem fazer resgate de animais. O motivo foram as dívidas acumuladas na prestação dos serviços e com clínicas. No período, em casos esporádicos, voluntários custeavam as ações com recursos próprios 

Os trabalhos foram retomados em agosto, ainda com limitações para manter o orçamento controlado. “Vamos tentando manter essa estabilidade, salvo as situações de maus tratos, que são um pouco diferentes.”

Segundo ela, a tendência é que a entidade mantenha o formato de atuação e, entre os membros, a possibilidade de um espaço único para manter todos os animais é descartada. “Se canil fosse a solução, as cidades com canil, não teriam problemas com animais”