Indústria registra crescimento nas vendas
As vendas da indústria catarinense ficaram estáveis no mês de novembro na comparação com outubro. É o que mostra a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta (17). Em relação ao mesmo mês de 2011, houve alta de 3,3%.
Os melhores desempenhos foram dos segmentos de máquinas e equipamentos (no qual se incluem produtos da linha branca) e de alimentos. Tiveram maior redução nas vendas os produtos de metal e veículos automotores.
"Os dados confirmam as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial em 2012, em decorrência dos altos custos de produção, que prejudicam a sua competitividade", avalia o presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte. A utilização da capacidade instalada em novembro também se manteve estável em 83,5%, ou 0,1 ponto porcentual acima da registrada em outubro.
Já a quantidade de horas trabalhadas no setor produtivo registrou queda (-4,2%), em função de feriados, menor número de horas-extras e redução de pessoal em diversas indústrias. A massa salarial, por outro lado, apresentou aumento de 4,4% em relação a outubro, puxado pelos pagamentos da primeira parcela do 13º salário.
Na avaliação da CNI, os dados confirmam a lenta recuperação da atividade industrial. "A trajetória de recuperação moderada deve se manter nos primeiros meses deste ano", avalia o gerente executivo da unidade de política econômica da entidade, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, a retomada da atividade deve se intensificar ao longo do ano com a recomposição dos estoques no comércio e os efeitos das medidas de estímulo ao crescimento, como a desoneração da folha de salários, a redução da tarifa de energia e os investimentos em infraestrutura. "Essas medidas criam um quadro favorável aos investimentos na produção", diz Castelo Branco.
Em Santa Catarina, nos dados acumulados entre janeiro e novembro de 2012, as vendas industriais registram alta de 8,2% e acréscimo de 0,4 ponto porcentual na utilização da capacidade produtiva (83%). Apesar da tendência de maior faturamento, a indústria também enfrentou mais gastos com a folha de pagamento, com alta de 1,3% na massa salarial real. O número de horas trabalhadas apresentou queda de 0,9%.
A pesquisa Indicadores Industriais é realizada a partir de dados informados mensalmente por 200 indústrias catarinenses.