Primeiro contato do papa com a imprensa
Na manhã deste sábado (16) foi realizada a primeira audiência do papa Francisco com os profissionais de imprensa. O bate papo aconteceu na sala Paulo VI. A Rádio Cidade de Brusque esteve presente entre os mais de cinco mil veículos de comunicação que participaram. Milhares de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas do mundo inteiro fizeram fila para participar e passaram por um controle rigoroso de segurança. Muitos levaram também suas famílias.
O público aplaudi o muito o papa Francisco. Ao sentar-se em sua cadeira, no centro do palco, ele ouviu a saudação do presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Arcebispo Claudio Maria Celli. Em seguida, leu um breve discurso, agradecendo todos pelo precioso serviço realizado nos dias passados, na cobertura do Conclave e em sua eleição.
“Vocês trabalharam!”, exclamou, recebendo um imediato aplauso. Disse, ainda, que a igreja e a mídia estão juntas para comunicar a verdade, a bondade e a beleza. “Todos nós somos chamados a comunicar esta tríade essencial”.
Papa Francisco explicou o porque de“ bispo de Roma se chamar Francisco. E contou, de modo informal, que a seu lado, no Conclave, estava sentado o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Cláudio Hummes, o qual definiu como um grande amigo.
“Quando a coisa ficou mais perigosa, ele me confortava. E quando os votos chegaram a dois terços, momento em que há o aplauso habitual porque o papa é eleito, ele me abraçou, me beijou e disse ‘não se esqueça dos pobres’. Aquela palavra entrou aqui. Aí pensei em Francisco de Assis e, depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e tutela, a criação. Neste momento em que nosso relacionamento com o meio-ambiente não é tão bom, né?”, destacou o pontífice.
Na audiência com os jornalistas não passou despercebido o momento em que o papa recebeu uma pessoa portadora de deficiência visual, que estava com um cão guia.
Para saber sobre uma análise da eleição do novo comandante da Igreja Católica e a da surpresa do Conclave, pois aconteceu ao contrário do que saía na imprensa, a Rádio Cidade conversou com o jornalista Silvonei Protz, da Rádio Vaticano.
Segundo ele, qualquer informação que se passava na mídia antes do conclave era duvidosa, devido a existir um segredo e um juramento para dar mais liberdades aos cardeais votarem em quem deve ser o sucessor de Pedro.