Havia uma pediatra de plantão
Reportagem da Rádio Sentinela do Vale, de Gaspar, veiculada e publicada nesta quinta-feira (4), aponta que na quarta-feira (3), ocasião em que um bebê de três meses de idade morreu no Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, daquele município, havia uma pediatra de plantão. Segundo a reportagem, quem estava de trabalho era a médica Carla Hess.
Ele, no entanto, alegou que ninguém a avisara da chegada da criança no setor de pronto socorro. A médica relatou, ainda, que “ninguém, jamais, negaria atendimento ao bebê, e nem a qualquer pessoa”.
Orivald Maciel Filho, administrador do hospital, relatou à Sentinela que uma sindicância será aberta para a devida apuração dos responsáveis. “Essa sindicância deve ser concluída em três ou quatro dias”, comentou ele à reportagem da emissora.
Confira, ao final da matéria, uma reportagem sobre o caso feita pela TV Gaspar.
Ainda na quarta-feira, a secretaria municipal de Saúde de Gaspar emitiu uma nota oficial sobre o caso. Nela, a secretária Márcia Adriana Cansian afirma que a prefeitura está buscando os esclarecimentos sobre o caso e sugere que a morte da criança pode ter sido motivada por uma vacina que ela tomou. acompanhe a nota na íntegra.
Nota à imprensa:
“Considerando o óbito da menor A.L.G, de 3 meses de idade, nesta terça-feira, 02/04/2013, a Secretaria de Saúde de Gaspar tem a esclarecer que a criança foi recebida no CAR (Centro de Acolhimento de Risco) por volta das 15h35min por profissionais médicos e de enfermagem, entre eles um pediatra. Conforme laudo médico a criança chegou em Parada Cardiorrespiratória e óbito. Os procedimentos de reanimação foram executados pela equipe, não sendo possível a recuperação dos sinais vitais.
A criança recebeu a 1ª dose da vacina anti-meningocócica tipo "C" cerca de 8h antes da ocorrência, onde a Secretaria de Saúde está executando todos os procedimentos necessários para elucidar as causas do evento, inclusive qualquer possibilidade de relação entre a vacinação e o óbito, que é muito remota.
A vacina anti-meningocócica tipo "C" foi introduzida em outubro de 2010 no Calendário Vacinal Nacional para crianças de até 1 ano de idade e seu esquema consiste de 02 doses abaixo de 01 ano e 01 reforço aos 15 meses. De outubro de 2010 a fevereiro de 2013 foi aplicado mais de 6.200 doses da anti-meningocócica tipo "C" em Gaspar, sendo mais de 2.200 administradas na mesma faixa etária da criança em questão e não houve nenhum evento adverso pós-vacinal ligado exclusivamente a esta vacina.
Os eventos adversos que podem ser esperados após a administração da vacina anti-meningocócica tipo "C" são basicamente os mesmos para todas as outras, ou seja, febre, irritabilidade, choro, diminuição do apetite e sonolência, sinais e sintomas que não se assemelham aos apresentados naquela data pela criança.
Soma-se ao descrito que a Secretaria de Saúde tem concentrado seus esforços para que o caso possa ser esclarecido com maior brevidade, bem como ofertar suporte aos familiares naquilo que lhe compete. No que tange a responsabilidade do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Gaspar, segundo o entendimento da mãe da criança que afirmou a negativa do atendimento, informamos que a Secretaria de Saúde solicitará aos órgãos competentes, Ministério Público e Secretaria de Estado da Saúde, para que os mesmos tomem as devidas providências.”
Márcia Adriana Cansian/Secretária Municipal de Saúde de Gaspar/SC"