Comportamento humano. Algo que levanta infindáveis questionamentos e que, talvez, a psicologia possa responder. Ponto-chave para o Fique Ligado de hoje (24), que vai abordar área profissional que trata de fazer o que o ser humano mais encontra dificuldade: analisar a si próprio. Se você também tem interesse nesse assunto, assim como as entrevistadas desta edição, é possível que tenha dentro de você o desejo de ser um psicólogo ou psicóloga.

Vânia Lopes trabalha na área há oito anos e foi partindo dessa curiosidade pelos seres humanos que decidiu pela profissão.

“Porque a pessoa X se comporta de uma forma e a Y de outra diante das mesmas situações? E, além disso, o desejo de ajudar as pessoas. Hoje, depois de trabalhando oito anos na área, me sinto muito confortável em saber que escolhi a profissão certa, embora tenha vivido momentos de dúvida. E acho muito saudável a gente se questionar. E se eu sentisse que essa escolha não era a mais agradável pra mim, não estaria mais na área”, afirma.
De acordo com a psicóloga, que trabalha com orientação profissional, a pessoa que queira ingressar na atividade deve ter o interesse pelas pessoas, querer ajudar e entendê-las. Outra característica importante é desenvolver a habilidade de escuta. “Porque é tão importante quanto a fala. O psicólogo tem que ter uma escuta diferente para conseguir fazer o trabalho bem feito”,comenta ela.

Estudante do terceiro período na universidade, Layss Oliveira Caetano não tinha a psicologia como primeira opção, mudou bastante até que decidisse pelo curso. “Todos os que eu escolhia, sempre surgia aquela vontade de investigar um pouquinho mais sobre as pessoas o mundo as relações em si. Acho que muitas pessoas querem descobrir os `porques` do comportamento humano. E penso que foi isso que me motivou bastante, essa vontade de saber um pouco mais sobre essa complexidade humana”, diz a estudante.

Foi somente após ingressar na faculdade que teve certeza daquilo que queria. “Para mim era aquela visão que todo mundo tem do psicólogo, que ele fica trancado dentro daquela salinha o dia inteiro. Mas com o decorrer das aulas, a gente aprende que ele tem um leque onde pode atuar. E isso me deixou muito feliz e me sinto muito satisfeita em saber que, como profissional, vou poder ajudar as pessoas para que elas se sintam bem mentalmente, fisicamente e emocionalmente. Isso é muito confortável pra mim”, destaca a jovem.

Sara Helena Dadam, psicóloga e professora acadêmica, também ingressou na psicologia movida por essas questões. Para ela, a profissão tem uma grande vantagem “Você agrega, acrescenta a cresce a todo minuto com a sua experiência e as dos outros. Você se torna um ser humano diferente e maduro muito cedo. Porque tem que estudar muito para compreender a si e aos outros”.

Como desvantagens, ela alerta para o cuidado com as frustrações. “É uma atividade bastante isolada se você trabalha em clinica pode até entristecer. O psicólogo é um lixo dos problemas emocionais. Não podemos nos sentir o salvador de todos porque não dá. Acho que essas frustrações têm que ser um pouco administradas”, aconselha.

Se você também tem essa curiosidade, não é essa matéria que vai lhe responder. Um tema de tanta complexidade deve ser abordado por conhecedores da área que vão lhe ensinar todos os detalhes. Então se você quer uma resposta para o título dessa matéria e se encaixa nas características comentadas, pesquise e pondere a possibilidade de se tornar um psicólogo.

As áreas de atuação de um profissional da psicologia são amplas. Podem ir desde o próprio consultório, passando por assessorias no serviço público e empresas privadas.

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