Mundos diferentes e sob o mesmo espaço

Ultrapassar fronteiras, quebrar preconceitos, expandir conhecimentos, aprender uma nova língua e ver com os próprios olhos o mundo que reserva. Na busca de novas experiências, é cada vez mais frequente que os jovens deixem a zona de conforto e partam para uma nova aventura. Desbravar um país desconhecido, entender e se misturar com novos povos é um dos desafios que um intercâmbio reserva.

Foi com essa coragem que a jovem tailandesa Achiraya Thanumas (17) decidiu vir para o Brasil. Ela chegou ao país em fevereiro e está hospedada na casa da brusquense Gabriela Rocha Machado (16). Ambas se escreveram na página online da ong AFS, que existe desde 1910, fazendo intercâmbio entre nações. São 88 países inscritos e a ONG afirma que preza pela paz mundial.
“Eu me inscrevi e um mês depois recebi um e-mail perguntando se queria hospedar uma intercambista tailandesa. Viria um grupo de 42 tailandeses para o Brasil e ela não tinha casa ainda. Mandaram a ficha dela, com nome, fotos e cartas. Eu conversei com meus pais e eles aceitaram”, relembra Gabriela.

Rubia Rocha Machado (37), mãe de Gabriela, não estranhou quando a filha veio com a proposta. Já é a segunda vez que a família recebe um estrangeiro em casa. Em outubro do ano passado, uma alemã veio passar doze dias na residência, possibilitado, assim, que Gabriela vá para Alemanha.

A passagem já está marcada: em junho ela ficará 12 dias na casa da alemã. “Nós conversamos muito sobre isso. Eu apoio ela nesse lado porque sei que gosta. Ela sempre procura saber mais, estudar mais”, destaca a mãe.

Achiraya diz que não pode escolher a família, esse é um trabalho da ONG. Mas optou pelo Brasil porque acredita que se fosse para a Europa, eles iriam ignorá-la ou rir porque é asiática. “As pessoas são muito legais. Aqui eles sorriem para mim. É bom viver aqui”, comenta ela, que antes de desembarcar em terras brasileiras diz já conhecer o Brasil pelo futebol, carnaval e lugares interessantes.

Gabriela fica a disposição de Achi - como ela a chama – quase o dia inteiro. Elas vão para a escola no período da manhã, mas Achiraya estuda com as crianças do primeiro ano do ensino fundamental para aprender o português. A tarde Gabriela acompanha a tailandesa até a escola novamente, onde ela frequenta o ensino médio.

Durante a noite, elas aproveitam para fazer as atividades escolares e conversar. Apesar das mudanças na rotina, Gabriela está adorando a experiência. “Nossa convivência está bem legal até pelo fato de a cultura ser completamente diferente. A gente está se dando bem. Ela já começou a se adaptar com a cultura daqui”.

Sobre a adaptação de Achi na escola, Gabriela recorda a primeira semana com risadas. “Ela parecia de outro mundo. Ela andava e todo mundo andava atrás dela para ver quem era e ficavam falando ela é da Tailândia. Agora já estão acostumados e o pessoal gosta dela”, destaca.

O maior desafio é com o aprendizado da língua. Os fonemas são diferentes e Achiraya não consegue reproduzir alguns sons como o r, lh e nh. Mas de maneira geral, ela já monta frases e responde perguntas. Gabriela fala inglês e é assim que elas se comunicam. Já com os pais da jovem, eles estão aprendendo juntos. Escrevem e traduzem, fazem mímicas e a cada dia vão entendendo um ao outro com mais facilidade.
Entre as diferenças culturais, Achi aponta a comida, o que ela mais sente falta do país de origem. Lá, é apimentada e aqui é, muito salgada. Outra diferença é na maneira como se come por aqui, usando garfo e faca, sendo que na Tailândia, eles usam colher e garfo. Além disso, o que realmente assustou a jovem asiática foi a maneira como os brasileiros se cumprimentam - com beijos e abraços. “Quando vi pela primeira vez eu me perguntei por que as pessoas faziam isso. É muito diferente”.

A experiência está sendo interessante para todos da família. Mas Achiraya já tem data para ir embora. Janeiro do próximo ano, ela embarca de volta. E apesar de todos saberem disso, ninguém parou para pensar como vai ser quando ela for embora.

“Eu aprendi uma cultura nova, mesmo não estando vivendo lá. Aprendi bastante com o que ela fala. Melhorei meu inglês. É uma experiência bem legal de troca de cultura e de línguas. É como uma irmã agora porque a gente convive todo dia. É como se fosse da família. Mas acredito que ela venha visitar a gente e eu posso visitar ela também”, destaca Gabriela.

Para a mãe Rubia, Achi já é uma filha. “A responsabilidade é minha, então eu faço o melhor para ela. Eu imagino quando ela for embora, vai fazer falta para nós. Porque a gente acaba acostumando como se fosse filho nosso. Eu acho que os pais deveriam aconselhar, orientar e apoiar os filhos. Deveria sempre ter novas pessoas dentro da família para ter um convívio diferente porque muda”.

Um pouco tímida, Achiraya afirma que Gabriela é como se fosse a irmã mais velha que ela tem na Tailândia. “Ela me ajuda em tudo”. Sobre a possibilidade de voltar ao Brasil, ela tem o desejo, mas também sabe das dificuldades devido à distância. “Mas se eu puder, eu vou encontrá-los de novo”, finaliza.

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