'A gente que faz sabe o valor de uma peça'

Um modelo no papel e alguns pedaços de pano. Umas passadas na máquina, preocupação com o acabamento e, aí sim, as roupas ganham forma, se transformam nas mais variadas peças. Até parece um trabalho simples. Aliás, é a máquina que faz mesmo. Nada disso! Atrás de uma pequena máquina tem que haver uma grande costureira.

E este sábado, 25 de maio, não poderia passar batido, como se fosse uma data como outra qualquer. Ela é especial. Isso porque, no calendário, está anotada como o Dia da Costureira. Uma profissão muito importante e que movimenta a industria têxtil na cidade de Brusque e região.

De acordo com a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque (Sindivest), Rita Conti, essa é uma atividade louvável e que, de certa forma, está presente na vida de toda e qualquer pessoa. Afinal, cada um de nós carrega no corpo o resultado da dedicação destes profissionais.

“Hoje, algumas profissões são automatizadas. Um robô pega o lugar das pessoas e isso é normal nas indústrias. Exceto na têxtil, que é um setor que emprega. Várias indústrias aqui da região empregam 100, 200 até 500 pessoas internamente. Tem que ser valorizado. Um robozinho não pode costurar nossas peças e isso contribuí com a cidade e mexe com a economia”, destaca ela.

Juciani Correa do Nascimento Schaadt (42) é uma dessas mulheres. Desde que era pequena, ela acompanhava a mãe no trabalho. Foi, aos poucos, aprendendo e gostando da costura. Na família, ela e a irmã seguiram os passos da mãe. E,cheia de orgulho pelo que faz, Juciani garante que a filha, também, está seguindo os passos delas. Para ela, ser costureira é mais do que dominar uma máquina.

“Acho que é um orgulho. Tu vê a pessoa usando uma roupa que a gente fez. As vezes tu olha na vitrine e sabe o trabalho que dá. Acha caro, mas a gente que faz sabe o valor de uma peça de roupa”, comenta ela.

E quer ver uma pessoa mais orgulhosa ainda do que faz? Imagine você ver o seu trabalho sendo mostrado para milhões de pessoas em uma nova da TV Globo. Pois é, foi o que aconteceu com Juciani. Ela já viu uma peça que ela mesma costurou na série Malhação. “Dá um orgulho. Talvez não seja a peça, mas o mesmo modelo. Bem gratificante saber que aquela peça ali eu peguei na mão para fazer”.

Frank Cardoso de Almeida (26) é colega de trabalho de Juciani. Ele também domina as máquinas de costura. Você achou estranho? Mas é isso mesmo. Um homem jovem e costureiro. Ele está em Brusque há um ano e meio. Chegou para passear, gostou da cidade e ficou. Hoje, junto com inúmeras outras pessoas dessa área, ajuda a fomentar a economia local.

“A minha mãe e a minha avó costuram. Eu costuro desde os dez anos e vim aprendendo. Não fiz curso nenhum, só vendo minha mãe costurar mesmo. Já nasci no meio da máquina. Ela saía para trabalhar e eu ficava em casa costurando”, relembra ele.

No início era apenas um prazer. Frank começou a ajudar no orçamento de casa, até que conseguiu o primeiro emprego. Aos 18 anos de idade se tornou costureiro de carteira assinada. “Sinto-me realizado, mas eu quero mais. Não sei exatamente, mas acho que, hoje em dia, aprendi muita coisa. Mas no decorrer do tempo temos que aprender a cada dia. Eu, principalmente, pesquiso na internet, leio jornal, revistas. Em se tratando de costura, a gente sempre tem que estar inovando”.

Se por um lado é uma profissão que merece todas as congratulações, por outro precisa de atenção. A grande preocupação na verdade é com o futuro dessa atividade tão significativa. Rita Conti afirma que não está havendo renovação da geração de costureiras e isso vai ser perceptível em breve.


“Hoje, a nova geração quer outros aspectos e nós temos que valorizar a costureira, porque é trabalho magnífico que está presente o tempo todo com a gente. O apagão de mão de obra vai ser um termo que nós vamos ouvir por muito tempo no Brasil. Não é uma situação só do vestuário e, sim, das outras indústrias também. Realmente, nós estamos com problemas de mão de obra a nível nacional de qualificação”, desabafa a empresária.

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