Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (22), o vice-prefeito Ari Vequi, junto da equipe técnica do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) repassou informações sobre a Ponte Arthur Schlösser, interditada desde as cheias do começo do mês. A ideia é de que o tráfego em meia pista seja liberado no local em até 60 dias.

Para que o projeto de restabelecimento do tráfego na ponte aconteça, é necessária a homologação do estado de emergência por parte do Governo do Estado, o que deve acontecer nesta sexta-feira (23). A partir disso, a recuperação da ponte pode andar, através do Cartão Defesa Civil, que é um programa que vem com valor estipulado da obra e pagamento conforme o andamento das obras.

A Prefeitura de Brusque está recebendo as propostas das empresas interessadas em realizar a recuperação da Ponte Arthur Schlösser até esta sexta-feira, e deve assinar o contrato com a melhor proposta até terça-feira (27). Essa etapa vencida, o prazo para o restabelecimento do tráfego ao menos em meia pista varia de 45 a 60 dias.

Os trabalhos na Ponte Arthur Schlösser devem acontecer em quatro etapas: a primeira é o escoramento para a passagem de veículos leves, depois será feita a sondagem dos pilares e do que causou a rachadura em um deles. Após esses dois processos, a execução do serviço será realizada, e depois será feita a recuperação total da ponte.

Segundo o engenheiro Renato de Borba, a empresa vencedora terá de verificar o que será feito, se apenas o reforço das sapatas do pilar prejudicado, ou se os outros pilares também precisarão passar por ajustes. Executada essa parte, o pilar antigo será retirado e um novo pilar será feito no lugar.

Outra dificuldade na recuperação da estrutura, segundo a diretora-geral do DGI, Andrea Volkmann, foi o problema em se encontrar o projeto original da ponte. Isso atrapalhou a tomada de decisão em de que forma se buscar o reparo no local.

Ponte do Exército depende de outras questões

A colocação da ponte Bailey por parte do Exército também foi levantada. Porém, em contato com o Ministério da Defesa, a prefeitura foi informada de que será necessário a homologação federal do decreto de emergência. De onde essa ponte viria também ainda não foi possível apurar, até porque os comandos ferroviários do Exército precisam dessa homologação.

Porém, a informação que se tem é de que o traslado da ponte Bailey, sua instalação e o estudo das equipes do Exército do local e da forma de colocação da ponte custariam também aos cofres do município. Por se tratar de uma solução paliativa, a vinda da estrutura poderá ser descartada, muito pelo prazo curto para a liberação de parte do tráfego no local.

Execução da reforma em até 180 dias

Passado o trâmite da homologação estadual do decreto de emergência, a empresa vencedora do projeto de recuperação da Ponte Arthur Schlösser terá 180 dias para executar todo o serviço, que é justamente a validade do decreto.