Vai um filme brasileiro aí?
Gosta de assistir filmes? E os nacionais? Hoje, 19 de junho, é o Dia do Cinema Brasileiro. De pernas pro ar 2, Vai que dá certo, Os penetras, Colegas e Somos tão jovens são exemplos de produções nacionais que, atualmente, lotaram as salas de exibições este ano. O sucesso de bilheteria ficou por conta da comédia De pernas pro ar, que ganhou os cinemas em todo o Brasil.
De acordo com o gerente e programador do cinema no shopping Gracher, Carlos Búrigo, existe uma cota anual de filmes nacionais que os empresários do ramo cinematográfico devem exibir. Depende muito da quantidade de filmes lançados. Quanto mais filmes o mercado brasileiro lança, aumenta a cota. Esse ano, temos que exibir 136 dias de filme nacional, explica ele.
Búrigo acredita que a procura maior ainda é pelo filme estrangeiro, principalmente americano. Brusque é como o mercado brasileiro, se comporta igual. Logicamente que o filme estrangeiro tem o mercado melhor e atrai mais o público. Isso sempre foi assim. Era difícil fazer um lançamento nacional porque o público não se atraia. Esse conceito está mudando. As pessoas estão passando a frequentar o cinema com filme nacional.
Para ele, essa mudança aconteceu de três anos para cá. Após a mídia, em parceira com as produtoras, começar a divulgar o cinema nacional. Se ouviu falar, ele (público) vem no cinema. Se não ouviu, não procura se informar. Essa é a questão. Mas o mercado brasileiro começou a trabalhar com a mídia e a divulgação de filme nacional passou a ser maior.
Ivon Mello, coordenador de eventos da Fundação Cultural de Brusque, explica que o Cine Casarão (é um projeto da Programadora Brasil) disponibiliza os títulos para exibição gratuita. As cidades se candidatam para exibir esse filmes, que, na maioria, não está no circuito comercial e nem em locadoras. Apesar de ainda pouco conhecido, há uma crescente qualitativa do projeto. O sucesso, como dizia o filosofo, é relativo. É muito fácil fazer um baile e colocar 50 mil pessoas lá dentro. Eu costumo dizer, brincando, que, em algumas ações, se uma pessoa for, já é sucesso. A frequência, se formos considerar números absolutos, não é um estrondoso sucesso, mas, qualitativamente, tem sido sucesso sim, diz ele.
A exibição dos filmes, de forma gratuita para a população, é a disseminação da cultura, fator determinante para formação do cidadão, entende Ivon. Toda arte, por mais incompreendida que seja, passa alguma coisa. A gente pode oferecer asfalto, saúde, mas a cultura é única dessas ofertas que, realmente, pode transformar o cidadão. Essa disponibilização da cultura é muito importante, porque isso faz com que o cidadão tenha consciência do meio onde vive. E pode exigir mais, além, claro, de divertir, enfatiza.
À baixa procura pelos títulos nacionais, ele agrega ao bombardeio de informação oriunda de outros países. A gente liga a televisão e a maioria é enlatados, como dizemos. São programas prontos, mostrando a realidade de outros países. Conhecemos mais o halloween do que o Saci Pererê. Isso está mudando e esse é o trabalho cultural que tem que ser feito. Essa é a função do poder público: mostrar essa cultura e essa realidade para as pessoas, finaliza.
Há quem não goste dos nacionais por conta do texto claro, sem censura nas falas. O chamado uso de palavrões e outros termos. O detalhe é que os de outros países passam por uma tradução e este tipo de diálogo, quase sempre, é retirado.
A Rádio Cidade saiu às ruas e ouviu a opinião de três cidadãos sobre filmes nacionais. Confira abaixo os depoimentos e deixe você também a sua opinião nos comentários do site:
Arthur Ademar Maurici Mistura (21) Eu não costumo assistir filmes brasileiros, mas acredito que a qualidade está muito melhor do que antigamente. Hoje em dia está mais popular.
Neiva Rodrigues da Silva (56) - Eu não gosto porque dizem muito palavrão. Eu assisto muito filme, mas muito filme estrangeiro, de cowboy, ou mesmo de criança. Mas brasileiro eu não gosto.
Kyria Frazao (23) - Na real eu não gosto muito não. Muito sem graça, não sou muito fã do cinema brasileiro. Às vezes, eu assisto mas não gosto muito não.
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Dia do cinema brasileiro by Rádio Cidade AM