Poucos avanços no setor têxtil
O plenário da Câmara Municipal de Brusque esteve lotado durante cerca de duas horas e meia na noite desta quinta-feira (20). No local aconteceu a segunda audiência pública sobre o setor têxtil. A iniciativa foi do Legislativo brusquense, através de requerimento do vereador Edson Rubem Muller (PP) e visou discutir a situação do setor junto a lideranças polícias e empresariais.
Na mesa de discussões, nomes de peso no cenário político catarinense, como os deputados federais João Pizzolatti (PP), Esperidião Amin (PP) e Rogério Peninha Mendonça (PMDB), os estaduais Jean Kuhlmann (PSD) e Ciro Roza (PSD), empresários, representantes do meio sindical brusquense e o diretor da Associação Brasileira para a Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel.A audiência buscou dar seqüência ao que fora discutido em 2011, no mesmo local, quando da realização da primeira.
Para o deputado estadual Jean Kuhlmann, presidente da comissão que trata dos assuntos do setor na Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), de prático pouca coisa foi feita desde o encontro há dois anos.
O que percebemos é que surgem problemas e não facilidades para o setor. Problemas com a concorrência do mercado externo, dentro do próprio país, com a informalidade e a ilegalidade da produção, disse.
O deputado federal Esperidião Amin disse que a audiência foi produtiva, mas é preciso se discutir pontos mais específicos. Como a ausência de pesquisas no campo de tecnologias para o setor. Hoje, as máquinas de costura, teares eletrônicos, modernos e digitais são todos importados. Estamos perdendo a competitividade não apenas o global ou no procesamneto. É uma cadeia produtiva que precisamos olhar com responsabilidade, destacou.
Representante da Abit, Fernando Pimentel reconheceu que o governo federal tem feito sua parte na busca por mecanismos que possibilitem ao setor a sair da crise instalada. Mas que não está sendo o suficiente e que muita coisa ainda precisa ser destrinchada. O governo atendeu a diversas demandas da indústria e do setor, não tem como negar. Porém, dada a complexidade que ficaram as relações com o mundo, isso não foi o suficiente para que a competitividade sistêmica do país pudesse ser resgatada, frisou.
O vereador Edson Rubem Muller (PP) acredita que a Câmara cumpriu seu papel, que foi o de apresentar um panorama de como está o setor na atualidade diante de tantos esforços no sentido de se superara crise. É o que tínhamos que fazer. Temos que, agora, dar os encaminhamentos que se precisa, destacou.
OUÇA A MATÉRIA