Brusquense está buscando pagar as dívidas
O consumidor brusquense está preocupado em quitar suas dívidas e tirar o nome dos registros de proteção ao crédito. É o que mostra levantamento feito pela Rádio Cidade junto à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com base no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Nos quatro primeiros meses deste ano, 29% a mais de consumidores tiveram seus nomes retirados do cadastro de inadimplentes no município.
O número é tomado com base no mesmo período de 2014. No ano passado, o SPC apontou 2.027 registros inseridos no SPC contra 1.900 cancelamentos, que ocorre quando o consumidor quita as pendências e o nome é retirado do cadastro de devedores. Em 2015, foram 2.083 registros inseridos e 2.448 cancelamentos.
Os números são mais positivos ainda se comparados com 2013. Naquele ano, o serviço apontava 2.287 registros de devedores e 1.990 cancelamentos. Ou seja, o número de devedores inseridos no cadastro caiu 12% de 2013 para 2014 em relação ao primeiro quadrimestre. Em contrapartida, o número de pessoas que quitou as dívidas e, consequentemente, teve o nome retirado do sistema, foi menor: -5%.
O dado negativo fica por conta da comparação feita entre 2014 e 2015 quanto ao número de registros inseridos no sistema. Se por um lado houve aumento no percentual dos que saíram, a quantidade dos que tiveram os nomes incluídos no SPC aumentou em 3%: de 2.027 no ano passado para 2.083 em 2015.
Apesar disso, o gestor da CDL Brusque, Carlos Eduardo Vieira, avalia que o consumidor está realmente preocupado em ter o nome fora do cadastro dos devedores. “De 2014 para 2015 percebe-se esse aumento na inadimplência. Porém, a busca por pagar essa inadimplência cresceu. O que é um ponto positivo”, avalia ele.
O número chama atenção diante do quadro de preocupação que apresenta a economia em nível nacional, segundo ele. Um levantamento de dados feito pelo SPC Brasil e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas mostra que, em nível nacional, a regularização das dívidas teve queda. Somente este ano, o indicador de recuperação de crédito teve três quedas seguidas. O recuo de 7,4% mostra a dificuldade de o consumidor pagar as dívidas. “O cenário atual é de inflação elevada, taxas de juros altas e piora no emprego e renda. Com esses índices cada vez piores e a confiança do consumidor em queda, fica difícil a recuperação de dívidas atrasadas já existentes”, comenta o economista-chefe do SPC Brasil Marcelo Kawauti.