A sessão desta terça-feira (22) da Câmara de Vereadores de Guabiruba ganhou uma polêmica já na deliberação da ordem do dia. Um projeto que altera a lei responsável pelo auxílio alimentação aos servidores públicos teve uma emenda do vereador Jaime Luiz Nuss rejeitada através do voto de minerva do presidente da casa.

Segundo o vereador proponente da emenda, o projeto previa a concessão de marmitas para servidores da secretaria de Obras que fizessem horas extras. E a emenda seria no intuito de estender o benefício a outras pastas, como saúde e educação. Na visão do líder da oposição, o tema era de fácil compreensão e de simples resolução.

Porém, na deliberação em torno da emenda proposta, vereadores do bloco de situação argumentaram que a aprovação dela poderia acarretar na inconstitucionalidade do projeto, pois o poder legislativo estaria aumentando a despesa do executivo, o que é proibido. Na hora da votação, o empate em quatro votos precisou ser definido pelo presidente, Cristiano Kormann, que decidiu pela rejeição da emenda.

Na entrevista, Jaime foi enfático ao falar da atual situação do legislativo guabirubense. Ele comparou a situação ao panorama vivido há algum tempo na Câmara de Brusque, quando a oposição afirmava que existia um “puxadinho da Prefeitura” no legislativo. Segundo ele, em Guabiruba já se transformou em um “galpão da Prefeitura”.

Cristiano Kormann rebateu a argumentação de Jaime com o impedimento do legislativo em criar por conta própria mais despesas para o executivo. Segundo o presidente da Câmara, dentro do projeto já está prevista a ampliação do benefício se necessário, o que aconteceria através de decreto assinado pelo prefeito.

Na próxima semana, a Câmara de Guabiruba realiza a sessão itinerante, por se tratar de quinta terça-feira no calendário de agosto. O encontro acontecerá no bairro Planície Alta, a partir das 19h.