As polícias Civil e Militar realizaram uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24) para fazer um balanço da Operação Opus, deflagrada durante a quarta-feira (23) e que terminou com a prisões em flagrante e preventivas em ao menos quatro cidades. O encontro foi na sede da Delegacia Regional de Brusque.

Responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Brusque, o delegado Alex Bonfim Reis confirmou que tudo começou há cerca de quatro meses com informações obtidas com a prisão de alguns membros dessa organização. Com essas primeiras informações eu um documento foi possível viabilizar o trabalho.

Temporariamente, foram presos 15 membros dessa organização, com prisões realizadas até a manhã desta quinta-feira. Duas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e uma outra pessoa recapturada. No total, 18 pessoas foram presas ao longo dos trabalhos, que duraram mais de 24 horas.

A organização

O grupo tem uma estrutura empresarial, com 15 das 18 pessoas presas exercendo uma atividade individual dentro da organização, desde os comandantes, passando pelos administradores de bases e também aqueles que recolhiam dinheiro para o pagamento aos principais membros.

Essa organização trocava comunicação de diversas maneiras, através de mensagens por celular, mensagens por SMS e até mesmo cartas. Além das prisões, foram realizadas apreensões de documentação, aparelhos eletrônicos e também cerca de R$ 8 mil em dinheiro. Tudo isso foi conseguido em Brusque, Tijucas, São João Batista, Guabiruba, e até mesmo em algumas celas.

Entre os crimes praticados pela organização, que por si só já é um crime. Porém, a maioria tem ligação com o tráfico de drogas, e também alguns têm também o envolvimento no caso do assassinato da jovem Roberta Keller, encontrada morta recentemente. Além dos crimes praticados pelos membros da organização, existe uma cadeia de crimes, como pequenos furtos que serviam para alimentar o vício de clientes.

Operação pode seguir

A operação começou com uma quantia de pessoas determinada, para um objetivo determinado. Porém, o trabalho feito pode abrir um leque para que ela tenha sequência em outras situações em que o envolvimento da organização pode ser comprovado.

Presos em local que não será divulgado

Apesar da informação prestada durante a transferência, os presos da Operação Opus não terão o local onde foram colocados divulgado. Por questão de segurança, o delegado Alex Bonfim Reis não quis comentar durante a coletiva o local onde os presos foram colocados, já que a cidade de Brusque não tinha estrutura prisional para suportar tamanha operação.

A prisão da grande maioria é preventiva por 30 dias, e prorrogável por mais 30 se necessário, de acordo com o prosseguimento das investigações e do processo.

Ação em conjunto entre as forças de segurança

Todo o trabalho iniciou dentro da DIC, porém, para que a operação tivesse sucesso, foram ao trabalho 25 policiais militares, além de 63 policiais civis, sem contar o canil da Polícia Militar que também auxiliou nas diligências.

O comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro destacou a união das polícias não só nessa operação, mas em todo o processo de segurança, mostrando o resultado efetivo dessa parceria. Ele acredita que futuros crimes possam ser evitados com essas prisões realizadas durante a operação.

A integração entre as forças de segurança em Brusque é uma das responsáveis pelos bons resultados no combate à criminalidade em toda a região.

O nome Operação Opus

O nome da Operação Opus foi determinado pela forma de transmissão de áudio que foi feita através da troca de mensagens entre alguns membros. Os arquivos de áudio que foram conseguidos pelo setor de investigação tinham o formato Opus.