O mês de junho bateu todos os recordes de calor no planeta Terra. A informação foi divulgada por um grupo de cientistas da Nasa na última semana. De acordo com o relatório, esse recorde não está restrito somente a junho, mas engloba todo o primeiro semestre de 2015. Se a tendência permanecer, este será o ano mais quente da história da Terra desde que as temperaturas começaram a ser monitoradas, em 1880.

Apesar de estar no inverno, o termômetro acima da média também tem aparecido no Hemisfério Sul, como previam os meteorologistas, com uma estação mais quente do que a média histórica. Em Santa Catarina, até as regiões mais frias, acostumadas com temperaturas negativas, quase não registraram índices abaixo de zero este ano ainda, o que já deveria estar ocorrendo com frequência desde maio. A onda mais significativa foi no meio de junho, com -4^oC em São Joaquim, na Serra, com ocorrência de geada de baixa intensidade e pouca duração.

Nos locais onde é verão, no Hemisfério Norte, as ondas de calor têm sido letais. Em maio, mais de duas mil pessoas morreram por causa do calor na Índia e outras 1,2 mil em junho no Paquistão. Várias fotos circularam pela internet mostrando o asfalto de Nova Deli, capital da Índia, que chegou a derreter. Moradores da Espanha, Áustria, Alemanha e Austrália também estão sofrendo com fortes ondas de calor que facilmente ultrapassam os 40^oC. Na França, já foram registrados alguns apagões na distribuição de energia elétrica. Na Itália, os zoológicos (como mostra a foto) adotam estratégias para amenizar o sofrimento de animais pouco acostumados com as altas temperaturas.

A média planetária de aumento da temperatura tem sido de 0,85^oC. Olhando no termômetro parece pouco, mas em uma medida global, o resultado é desastroso. A começar pelas calotas polares, grandes reguladoras do clima na Terra. Tanto no Ártico como na Antártida, a extensão de gelo está quase 10% menor do que o normal para esta época do ano, aponta o relatório norte-americano.