Vacinação é única forma de evitar novas ondas, diz infectologista
O programa Rádio Revista Cidade desta segunda-feira (3) recebeu o infectologista Ricardo Alexandre Freitas para falar sobre a pandemia provocada pelo Coronavírus na cidade de Brusque. Para o especialista, a vacinação é a única ferramenta disponível para evitar novas ondas da doença.
O entrevistado foi enfático ao analisar as ações tomadas ao longo do período da pandemia. “Aprendemos que o vírus aprendeu mais do que a gente”, reconhece. “O vírus se movimenta em ondas, independente de nossa vontade. Ele tem ondas que vão acontecer. Elas vão ser maiores ou menores, dependendo do que a gente faça.”
De acordo com o infectologista, mesmo a adoção de medidas restritivas, de isolamento a experiência até aqui já mostrou que isso não
impede o surgimento de novas ondas. O que ocorre, segundo ele, as medidas reduzem a possibilidade do surgimento de casos mais graves.
Para ele, apenas a vacinação pode ser considerada uma alternativa para evitar novos casos, além de reduzir o impacto e surgimento de novas ondas de contaminação. Com a experiência até o momento, Freitas acredita que as vacinas também influenciam muito no nível de gravidade dos casos de internação e na taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Nos piores momentos vividos na região, afirma, as equipes de da chamada linha de frente sofreram, não só com o nível de ocupação, como com a falta de medicamentos. O especialista alerta que, mesmo as faixas etárias mais baixas, consideradas com um risco menor de mortalidade, não estão isentas, como mostra a mudança do perfil das internações e óbitos.
Variações
Um alerta feito pelo infectologista é com as variações que o vírus ainda pode passar. De acordo com ele, a agressividade das últimas variações impactou negativamente nos índices e gravidade dos casos registrados no país. “É muito possível que essa onda que tivemos na região e no país seja resultado de variações”, afirma.
O risco de transmissão do vírus entre os círculos familiares é outro ponto de alerta para o especialista. O motivo, segundo ele, está na menor cautela envolvida no ambiente e na relação interpessoal.