Caps apresenta atendimentos na Câmara
Inajá Gonçalves Araújo, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), esteve na sessão da Câmara Municipal de Brusque desta terça-feira (24). Atendendo a convite feito pelo Legislativo, através de requerimento do vereador Claudemir Duarte (PT), ela falou sobre os serviços realizados pelo órgão na cidade.
Segundo Inajá, hoje há 150 usuários do Caps Saúde Mental. Destes, um menor número de pouco mais de dez pacientes permanece em tratamento o dia todo na unidade. É o chamado regime intensivo. Aqueles cujos problemas não apresentam urgência ou gravidade são atendidos de forma esporádica pela equipe do órgão.
Segundo Inajá, o Caps é mantido com recursos federais na ordem de R$ 28 mil ao mês. Valor que custeia, principalmente, o deslocamento dos pacientes que necessitam do serviço, além da alimentação.
O vereador Ivan Martins (PSD) disse que se deve se enaltecer as pessoas que prestam serviços aquelas que buscam serviços como o Caps. Segundo ele, há um projeto no Senado que propõe a inclusão no ensino regular de pessoas portadoras de deficideficias. Algo que pode acabar com entidades como as Apaes e os próprios centros de apoio psicossociais como o Caps.
Jean Pirola (PP) frisou que houve casos em Brusque de pessoas que precisaram dos serviços do Caps por conta de suicídio de familiares. O órgão deu apoio com atenção em várias fases do processo de recuperação emocional das mesmas. Inclusive no tratamento pós trauma.
Valmir Ludvig (PT) disse que saúde mental é um assunto relativo, pois a sociedade costuma descartar o que ela acha que é desnecessário. Para ele, o esforço da inclusão é algo importante para mudar isso.
O vereador José Isaias Vechi (PT) lembrou casos de pessoas que, muitas vezes transtornadas principalmente por conta do uso excessivo de drogas como o álcool, acabam tendo que sofrer a intervenção policial para serem acalmadas. Situação que, muitas vezes, foge da compreensão de quem está próximo, como vizinhos do paciente. Nesse caso, segundo ele, o apoio da família e o tratamento conjunto com ela é fundamental.
Inajá disse que o atendimento familiar ocorre quando a família não tem mais o que fazer quanto ao problema. Esperamos, organizamos e vamos buscar a família. A doença não é somente dele, é do núcleo que esta. Fazemos terapia, chamamos todo mundo. Às vezes é uma coisa que a família não percebe, frisou ela.