No início da tarde desta segunda-feira (16), a Federação Catarinense de Futebol divulgou um documento que era aguardado com ansiedade: a súmula da partida deste domingo (15) entre Brusque e Marcílio Dias, assinada pelo árbitro Edson da Silva. De acordo com o relato do árbitro, que foi enviado com DVD e boletim de ocorrência anexo, uma ameaça de morte foi feita.

Segundo o documento, durante a confusão, Edson da Silva foi ameaçado de morte pelo presidente do clube, Danilo Rezini. O árbitro também cita que foi atingido por um chute no joelho, vindo de André Rezini, além de um soco, que, de acordo com o relato, foi desferido pelo preparador físico Kal.

Uma terceira expulsão também foi relatada por Edson, quando a arbitragem se encaminhava ao vestiário. “Que diante de uma invasão maior de torcedores, o quarteto de arbitragem retirou-se em direção ao vestiário, onde, quando já nas escadas que dão acesso ao túnel do vestiário, o atleta número 13, André Luiz, da equipe do Brusque Futebol Clube, arremessou uma cadeira plástica em minha direção”, diz a súmula.

Sem garantias de segurança, o árbitro suspendeu a partida, que ainda tinha nove minutos em disputa. Durante a segunda-feira (16), Edson registrou boletim de ocorrência na Central de Polícia de Itajaí, onde reside e trabalha. Uma reunião durante a noite deve definir o rumo do time no campeonato.

Em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade desta segunda-feira (16), na Rádio Cidade, o presidente Danilo Rezini se mostrou chateado com a situação, principalmente desgastado com tudo que vem acontecendo com o Brusque na competição. O julgamento do caso está marcado para a próxima terça-feira (24), no Tribunal de Justiça Desportiva, em Balneário Camboriú.