Administrador do Hospital Azambuja questiona postura da Prefeitura sobre contrato
Após o pronunciamento da Prefeitura de Brusque sobre a situação do contrato com o Hospital Azambuja no período da manhã, foi a vez da instituição hospitalar se manifestar, durante a tarde desta quinta-feira (26). E a partir do início de novembro, caso o contrato não seja renovado, apenas ambulâncias serão atendidas no serviço de urgência e emergência.
Segundo o administrador, Fabiano Amorim, o que o Hospital Azambuja quer é a reposição das perdas ao longo do contrato, o que acumula os quase 15% apresentados pela Prefeitura. E ao longo de todas as prorrogações feitas do atual contrato em vigência, em nenhuma delas o reajuste estabelecido em 2015 foi cumprido.
Amorim também salientou que o Hospital Azambuja paga a diferença do atendimento realizado através do Sistema Único de Saúde dentro da instituição. Ele afirma que estranhou a posição da Prefeitura de chamar a imprensa sem realizar qualquer outra reunião para discutir o contrato novo, como desejo da Prefeitura.
Como a atual prorrogação de contrato encerra no dia 31 de outubro, a partir de quarta-feira (1), apenas a porta de entrada de urgência e emergência será atendida através do SUS, pois são recursos repassados através do Governo Estadual, em portarias específicas para hospitais. Então, as ambulâncias que chegarão com urgências e emergências serão recebidas e atendidas pela equipe médica, como nos casos de gestantes e outras situações do tipo.
83% do atendimento realizado pelo Hospital de Azambuja é considerado no nível de risco azul, ou seja, de acordo com os dados do sistema de atendimento, esse número representa atendimentos que poderiam ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde e na Policlínica.
Segundo Amorim, mesmo atendendo esse tipo de caso, na hora do suporte para procedimentos maiores, a rede de saúde precisará do Azambuja, por isso ele acredita que a manutenção desse serviço é importante.
Durante a coletiva de imprensa, vários médicos e enfermeiros que trabalham no Hospital Azambuja deram seus depoimentos sobre o atendimento realizado. Inclusive uma auditoria da Prefeitura teria ouvido pacientes reclamando que atendimentos básicos não foram realizados na UBS, com funcionários encaminhando esses usuários para o Hospital Azambuja.