Um grupo de agentes de saúde ocupou os espaços da Câmara Municipal de Brusque na sessão ordinária desta terça-feira (15) para protestar. O manifesto se deu contra medida anunciada pela Prefeitura, através da secretaria municipal da Saúde, pela qual todos deverão bater o ponto na entrada e saída, incluindo os intervalos de jornada, nas unidades de saúde.

O assunto foi levantado na tribuna pelo vereador Moacir Giraldi (PT do B), que teceu críticas à medida. “Acho que foi intempestiva essa iniciativa, partindo do prefreito, em não conversar antes”, disse

A bancada de oposição fez coro às críticas sobre a medida. Roberto Prudêncio Neto (PSD) disse que o serviço será prejudicado, caso haja a necessiadde de se bater o ponto várias vezes.

Mas foi a vereadora Marli Leandro (PT), líder do governo na Câmara, que ficou na mira do grupo. Após usar aparte no discurso de Giraldi e dizer que “bater o ponto é uma forma de garantia dos direitos dos agentes”, ela foi vaiada. O grupo, inclusive, se colocou em pé e de costas enquanto Marli discursava. Marli frisou, no entanto, que, embora a medida de registrar o ponto em todos os horários seja uma forma legal e de garantir os direitos dos funcionários, a atividade de agente de saúide é diferenciada e isso requer análise melhor da situação antes de a medida ser aplicada conforme anunciada pelo governo.

Valmir Ludvig (PT) saiu em defesa da colega de bancada, dizendo que a plateia tinha entendido de forma errada o que ela propusera, que era o comprometimento em levar as solicitações ao prefeito Paulo Eccel.

O clima ficou mais tenso, com bate-boca entre alguns na plateia e o presidente da casa, Guilherme Marchewsky (PMDB). O público se manifestava e era reprimido pela mesa diretora, que buscava cumprir o regimento interno. Documento cujo texto não permite manifestações da plateia.

Após o fim do discurso de Giraldi e pedido de Dejair Machado (PSD) para que a presidência colocasse ordem na casa, os manifestantes se retiraram aos poucos.