Vechi fala de emprego e Constituição Federal
Os 25 anos da Constituição Brasileira, comemorados neste mês, foi um dos temas abordados pelo vereador José Isaías Vechi (PT) na sessão desta terça-feira (15) DA Câmara Municipal de Brusque. Para ele, a a Constituição Cidadão do Brasil de 1988 foi chamada assim exatamente pela participação popular que houve. O povo foi à rua, foi reclamar, reivindicar, comentou Vechi, que relembrou como a Constituição foi feita e quantas emendas já teve. Fiz esse breve relato para lembrarmos que estamos aqui e podemos usar a Constituição para reivindicarmos nossos direitos, reforçou.
O segundo assunto mencionado por Vechi foi referente aos empregos disponíveis na região e as formas de contratação. Hoje muitas empresas continuam contratando pessoas de forma direta, porém outras já preferem utilizar os serviços de agências de empregos. De acordo com o vereador, vivemos em uma situação de pleno emprego em nossa cidade, são diversas vagas disponibilizadas, entretanto, falta mão de obra especializada para as principais profissões que o mercado de trabalho brusquense necessita.
Nossos jovens hoje querem fazer faculdade de profissões novas que sequer têm mercado de trabalho em Brusque. Na maioria dos casos são profissões que remuneram muito pouco e ao mesmo tempo, para conseguir tais empregos as pessoas têm que sair de Brusque, deixando suas famílias, amigos, enfim, suas raízes. Hoje nós temos empregos em profissões tradicionais que pagam muito bem. Fizemos inclusive uma pesquisa da média salarial por categorias e constatamos que grande parte dos profissionais mais simples, ganha praticamente igual àqueles que têm uma e até duas faculdades. Por exemplo, um trabalhador na indústria de plásticos ganha o mesmo que um jornalista que tem que fazer quase cinco anos de faculdade: R$ 1,7 mil. Este mesmo jornalista ganha menos que um trabalhador de fábrica no setor químico que recebe mensalmente R$ 1.800 de média salarial, destacou.
O vereador apresentou ainda a média salarial dos trabalhadores de diversos setores da economia brusquense. Os dados foram colhidos junto aos sindicatos. Precisamos nos conscientizar que a nossa gente, os nossos jovens têm que se qualificar para as nossas necessidades. Muitas vezes vemos gente aqui de Brusque reclamando que gente de fora da cidade vem para cá e pega os empregos disponíveis no mercado. Eles pegam porque estão qualificados, o que não é o caso de muitos que aqui residem, alertou.