Uma carta anônima está sendo entregue em vários pontos de Brusque e circulando pelas mídias sociais, apresentando de forma velada a ameaça aos forasteiros que chegam à cidade em busca de uma oportunidade de trabalho. Como no bojo dessa migração acabam chegando pessoas de má índole e que se envolvem em criminalidade, a carta sugere a criação de um grupo que atua para coibir a presença delas no município.

Sem citar com exatidão quem originou a proposta, o grupo afirma que já existem 28 pessoas integradas e com o propósito de fazer a segregação social. Jefferson Moura Ferreira (23) procurou o jornalismo da Rádio Cidade para demonstrar sua preocupação com as ameaças. Ele relatou que chegou do Paraná há cerca de seis meses e que teme a ação anunciada na carta. “Nós viemos para trabalhar e não para se envolver na criminalidade. Não sabemos se as ameaças vão se concretizar e nem a que horas, por isso andamos alerta”, disse o jovem.

Ele citou a ameaça velada como a volta ao nazismo, onde havia perseguição de minorias e lamenta que isso volte a ocorrer, por isso pede às autoridades policiais que tomem providências no sentido de elucidar a autoria dessa carta que vem sendo espalhada pela cidade e circula nas mídias sociais. Pelo teor da correspondência, estão na mira os migrantes baianos que se estabeleceram no município nos últimos meses, mas o alerta tem causado espanto em pessoas oriundas de outros estados.

O jornalismo da Rádio Cidade vai dar continuidade a esse assunto, ouvindo autoridades e sabendo quais as consequências desta ação de um grupo que se diz justiceiro e que promete continuar agindo na clandestinidade.