Funcionários podem ficar sem o 13º salário
A decisão da mitra diocesana de recorrer à justiça para impedir que a administração do Hospital Cônsul Carlos Renaux, o Hospital de Azambuja, contraia empréstimos para pagamento após janeiro de 2014, pode trazer uma consequência imediata para médicos e funcionários daquela unidade hospitalar. Segundo anunciou o administrador Fabiano Amorim, se a ação não for revertida, não terá como pagar o 13º salário.
Amorim disse que foi surpreendido pela ação judicial impetrada pelos administradores a qual ele sucedeu, tendo em vista que há um parcelamento de empréstimo feito no final de 2012 para o pagamento do 13º salário do ano passado e os atuais administradores estão honrando os pagamentos mensalmente. Ele citou ainda outros débitos que existiam e que foram realizados os pagamentos, inclusive de serviços médicos, colocando em ordem o débito que existia com esses profissionais.
Na coletiva que concedeu à imprensa, Fabiano Amorim fez uma avaliação dos cinco meses em que está à frente da instituição e para evitar o que chamou de diz que me diz, mostrou números que comprovam que a administração anterior não teve a competência para buscar recursos junto ao Governo Federal, mesmo estando contemplada no projeto, perdendo em 36 meses algo em torno de R$ 11 milhões.
Sobre os R$ 600 mil contraídos por empréstimo, Fabiano explicou que R$ 200 mil foram empregados para pagamento de causas trabalhistas de 30 funcionários que foram demitidos e os outros R$ 400 mil para investir no sistema informatizado do hospital, permitindo que o mesmo valor seja economizado pelo período do empréstimo com o pagamento de manutenção de uma empresa especializada. O investimento também vai permitir que o Azambuja economize com os exames realizados e que, após a modernização, vai permitir que os pacientes tenham acesso aos resultados pela internet.