Para vereador, intervenção poderia ser evitada
O assunto saúde foi o carro-chefe da sessão desta terça-feira (12) na Câmara Municipal de Brusque. O vereador Ivan Martins (PSD) disse que acompanhou na última semana pela imprensa manifestos dos advogados do Hospital de Azambuja sobre ingresso da mitra no Judiciário contra a intervenção da Prefeitura.
Segundo ele, o hospital tinha contrato de prestação de serviços com o município na ordem de R$ 700 mil. Destes R$ 300 mil da Prefeitura e R4 400 mil do governo federal. Neste contrato dizia que ele seria corrigido no mesmo percentual da tabela SUS e em tabela de custos. A tabela SUS desde 1996 não sofre reajuste, frisou Martins, alegando que a saúde no país está ruim por tanto tempo sem haver reajuste da tabela SUS.
Da mesma forma, não houve reajuste da tabela de custos do hospital. Foi totalmente ignorado pela Prefeitura. Diante de um contrato desta natureza, que seria direcionado ao setor de urgência e emergência, se ela trabalhar com prejuízo estará fadado a fechar as portas.
O vereador disse, ainda, que o contrato previa que se houvesse interesse em se rescindir o contrato, este deveria ter um aviso prévio de 60 dias à outra parte.
Marli Leandro (PT) comentou que a tabela SUS já não é usada como referência há muitos anos. O hospital Azambuja deixou de fazer esse cadastramento de alta complexidade e outros. E por causa disso não recebeu mais recursos. No entanto, ele disse que iria fechar, a Prefeitura assumiu o controle, manteve os valores que repassava e está mantendo.
Felipe Belloto (PT), em aparte, ironizou Martins ao dizer que ele se esforçava para criar uma nova versão sobre a situação. Parabéns pelo seu esforço em querer criar uma nova versão para o fato. O hospital seria fechado, é fato. No dia que foi feito, todo mundo aplaudiu e agora que passou um tempo se muda o discurso.