Projeto Foz do Rio Itajaí
Você diferenciar um boto de golfinho? Essa pergunta muitos não sabem responder, mas, cientificamente, não existe diferenças entre as duas espécies. Em algumas regiões, por fatores culturais, pequenos cetáceos costeiros são conhecidos como boto devido a viverem em água doce, enquanto os que vivem no mar são golfinhos.
O Programa Botos do Itajaí faz o monitoramento desses pequenos mamíferos na foz do Rio Itajaí. O programa surgiu em 2001, com a necessidade de avaliar o impacto do homem sobre esses animais. Os cetáceos são seres marinhos que pertencem à classe dos mamíferos e habitam os mais variados locais, em regiões oceânicas e também bem próximas da costa onde os rios deságuam no mar.
O porto de Itajaí é o principal porto pesqueiro do país. Por esse motivo, a foz sofre intensa perturbação devido ao alto trafego de embarcações, o que pode causar mudanças no comportamento desses animais. Para minimizar isso, o programa busca o longo prazo evitar problemas populacionais desses mamíferos.
Um dos objetivos do projeto programa botos do Itajaí é a foto identificação, um processo que consiste em fotografar o animal, reconhecê-lo e identificá-lo. Com isso é possível colher informações de padrões de residência, estimativa populacional, maturidade sexual e índices de associação.
Os cetáceos adquirem marcas naturais que ocorrem devido às alterações sociais e que podem manchas na pele, cortes, arranhões e áreas esbranquiçadas, permitindo que cada espécime seja individualizado. No caso desses animais, pode-se identificá-los comparando a nadadeira dorsal, pois seu tecido não se regenerada.
No Brasil existem 43 registros de espécie em ambientes costeiros e oceânicos e apena duas ocorrem em água doce. A costa catarinense apresenta inúmeras baias e enseadas que são habitadas perfeitas de alguma espécie de cetáceos.
As atividades do programa Botos do Itajaí ocorrem no ano todo e têm o apoio da Cadore Malhas de Brusque.
Colaboração de Michel Patitucci