O ano de 2013 tem registrado um total de seis homicídios consumados e seis tentativas de homicídios na delegacia de Polícia Civil de Brusque. A informação foi dada pelo delegado Alex Bonfim Reis, responsável pela Divisão de Investigações Criminais (DIC).

Segundo ele, destes, três homicídios e uma tentativa foram trabalhados pela DIC e todos tiveram autoria identificada. “Todos apurados pela DIC foram presos. É uma boa notícia, pois ultrapassa os melhores padrões do Brasil”, comenta o policial.

No ano passado, houve dois homicídios não identificados. Um deles, bem conhecido pelos que moram nas redondezas da Avenida Otto Renaux, no Centro. O fato aconteceu no dia 24 de agosto, quando a garota de programa Marilene Barbosa (30) foi atingida por um tiro na nuca e morreu no Hospital de Azambuja.

“Para mim é frustrante essa situação. Ainda, esporadicamente, pego os inquéritos, fico lendo e relendo, me remoendo por não ter conseguido chegar a uma autoria”, enfatiza ele sobre o assassinato.

Outro caso sem autoria, de acordo com o delegado, foi a morte de Cleidir Ferreira dos Santos (26), que, após ter levado um golpe de facão e ter seu corpo queimado, faleceu no Hospital de Azambuja. O fato ocorreu no dia 22 de dezembro de 2012, na região do Campeche, divisa com o município de Itajaí.

Nos casos são feitas investigações, apurados os fatos e, quando não se chega ao autor, tudo aquilo que já foi realizado é resumido em um inquérito policial, que acaba por ser encaminhado para o Fórum, onde, então, passa pela análise do Ministério Público. Se houver a necessidade de novas diligências, o MP devolve à delegacia para novas investigações.

“Em um desses casos, eu não consegui provas. Tenho as minhas suspeitas de quem seja essa pessoa (autor do crime), mas não consegui provas contra ela, sequer indícios”, afirma Reis.

Dos três homicídios consumados e apurados pela DIC neste ano, os crimes aconteceram nos bairros Nova Brasília e Steffen, e no Loteamento Dom Nelson, no Bairro Limeira Baixa. “As vítimas foram o Kleyton Reis, um adolescente, Gezânio Souza de Barros e Robson Everton de Lima. A tentativa aconteceu no Bairro Águas Claras”.

Nos episódios em geral, Reis relata que o que poderia ajudar é a colaboração da população para encontrar os suspeitos. “A gente sempre acredita que não existe o crime perfeito, sempre alguém viu ou deixou uma prova. Que a população não tenha medo de falar, nem que seja em forma de denúncia anônima”, prossegue.

Se houver novas informações dos casos não solucionados, a polícia pode pedir o desarquivamento do caso. “Se alguém souber de alguma informação, a delegacia está de portas abertas para ouvir, mesmo se a pessoa não quiser se identificar”, finaliza.

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