Hospital responde sobre caso
Na última quarta-feira (11), um casal registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Brusque, relatando que havia recebido do Hospital de Azambuja um bebê, já sem vida, dentro de um balde com formol. Ricardo Carvalho dos Santos (31), acompanhado de sua companheira, Carla Souza e Silva (22), relatou à delegacia que o caso começou no mês de novembro, quando sua esposa, grávida de sete meses, foi até a Policlínica, no Centro, realizando os procedimentos normais de uma gravidez, foi receitada pelo médico que a consultava, com injeções para fortalecer o feto.
Segundo o casal, ela tomou as injeções três dias depois, quando começou a ficar com dores na cabeça e a não sentir mais o bebê mexer, então, retornou à Policlínica, onde foi atendida por outra médica, que a receitou remédio para dor e lhe disse que era normal a criança não se mover.
Então, na última segunda-feira (9), ela foi até a Policlínica, pois tinha uma consulta agendada com o seu médico ,e então, descobriu que o bebê havia morrido dentro de seu útero, sendo orientada pelo médico a ir até o hospital para a retirada do feto.
De acordo com o diretor técnico do Hospital de Azambuja, Eugênio José Paiva Maciel, que estava de plantão, Antônio Lopes ficou sabendo na terça-feira (10), quando viu os casos, que havia uma paciente grávida com, aproximadamente, 28 semanas de gestação e 400 gramas de peso, mas de um feto morto.
A conduta foi a indução do parto via normal. Usamos medicamentos para estimular o útero. Então, nasce um feto com sinais de morte prévia, um feto com perda de pele e a unha desprendendo. Isso é considerado sinais de óbito.
Conforme o diretor, que não participou do caso, mas que reponde pelo setor no hospital, o médico participante soube pela família que a criança era pequena para uma gestação normal. O tempo de gravidez não compatia com o tamanho da criança e o bebê tinha um problema que a gente chama de oligoidrâmnio. Ou seja, pouca quantidade de líquido dentro da cavidade uterina. Então, neste momento, a família solicita a causa do óbito, porém o colega não sabia dizer, pois pode ter várias causas de óbito fetal, disse, afirmando que o médico então entrega para a família o feto com a placenta e o cordão umbilical.
De acordo com o diretor técnico, a liberação do corpo aconteceu devido à solicitação da causa do óbito. A família disse que iria investigar a causa do óbito, afirma. No hospital, chegou a informação que a família do bebê havia procurado a delegacia de polícia e lá foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de um laudo médico.
O esclarecimento da utilização do formol, segundo o médico, foi para a conservação do feto, até o sepultamento e, para a repercussão do acontecimento, ele acredita que a explicação seja pelo fato de uma morte de um feto. Somos seres humanos, a família em sofrimento e as pessoas não estão acostumadas com essas técnicas. Isso esteticamente é horrível, é uma cena que ninguém espera. Aconteceu uma comoção das pessoas.
Acopanhe o caso nesta sexta-feira no Jornal da Cidade e no Programa Rádio Revista Cidade, com os depoimentos do médico e dos pais.