Depois de muita expectativa é polêmica, finalmente o projeto de lei que trata da reforma administrativa foi à votação na Câmara de Vereadores de Brusque.

Em clima novamente tenso, ele acabou aprovado por todos os parlamentares, contrariando o que se esperava. Pelo menos da parte do bloco alinhado ao governo. A proposta altarava a quantidade de cargos comissionados no Legislativo, que passaria de cinco para sete.

No entanto, com redução significativa nos valores salariais, ficando cerca de 40% menor. Esse foi o principal argumento usado pelo grupo dos nove, vereadores que se uniram para eleger André Vechi (DC) presidente da casa.

Depois de muito embate, os argumentos dos vereadores favoráveis ao projeto parecem ter surtido efeito. Isso ficou evidente no resultado: 14 votos a favor e nenhum contra.

André Vechi convenceu, por exemplo, Jean Pirola (Progressista) a pedir para que votassem contra uma emenda de sua própria autoria.

O presidente da casa alegou que se não fosse aprovado o projeto, os servidores da Câmara ficariam de fora do reajuste salarial a ser negociado com o Sinseb (Sindicato dos Servidores Públicos).

"Nunca fomos contra o projeto. Apresentamos duas emendas para melhorar o projeto. O que contestamos no passado foi a forma de chamamento da sessão, que não houve o comunicado aos vereadores ", disse Pirola ao final.

O presidente André Vechi comemorou o resultado. Segundo ele, a economia para este ano será maior do que a prevista, passando de meio milhão de reais.

"Ficamos mais de uma hora discutindo esse projeto. Acredito que, ao longo da discussão, conseguimos convencer o grupo que era contrário ", afirmou a respeito da mudança de posição dos demais vereadores.

Agora, o projeto de lei vai para a sanção do prefeito.