Vídeos
Como é receber o diagnóstico de Autismo na vida adulta?
No Brasil, não há números oficiais sobre o Transtorno do Espectro autista (TEA). A estimativa é que cerca de 2 milhões tenham o transtorno. O que para alguns pode assustar, para outros pode trazer um alívio, Presidente eleita da Associação de Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas de Brusque e Região (AMA), Márcia Fária descobriu que tinha autismo aos 32 anos e diz que foi excelente.
“Eu descobri depois que minha filha nasceu. Ela tinha características muito parecidas comigo na infância e recebemos o diagnóstico que ela tem Autismo. Descobrir foi excelente, porque passei a vida toda mascarando característica porque achava que tava errado e depois eu entendi que era só diferente, isso é libertador”, contou.
Se imagina que o Transtorno do Espectro Autista é identificado apenas na infância, mas muitos adultos têm o espectro e as vezes nem desconfiam. O psicólogo e secretário da AMA, José Airton Leopoldino explica que muitas vezes essa demora é porque a constatação não é tão simples de identificar.
“O diagnóstico é clínico, não existe um exame específico, então tem que pesquisar, tem que ouvir uma segunda opinião. E existem vários níveis, as pessoas criam um estereótipo e acham que o espectro só se manifesta daquela forma”.
José Airton conta que a procura para identificar o espectro as vezes só acontece quando as pessoas sentem dificuldade nas relações sociais.
“Os adultos fazem essa busca quando sentem dificuldade na interação com outras pessoas, mas as vezes eles só fazem essa busca para se encontrar, porque não entendem porque são diferentes ou porquê não se encaixam em determinadas situações”, explicou.