A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu nesta quarta-feira (31), em Descanso, a 664 quilômetros de Florianópolis, um homem suspeito de matar carbonizada a cunhada, a auxiliar administrativo Mauriceia Estraich, de 21 anos. A jovem, que é filha de um bispo da Igreja Católica Apostólica Doutrina em Cristo, foi encontrada no domingo (28) sem vida dentro da própria casa, incendiada durante o amanhecer. A suspeita é de que o fogo tenha sido provocado propositalmente no imóvel. De acordo com a investigação, há indícios de que as chamas foram provocadas por um ato criminoso e não por um acidente
Foram encontradas lesões de agressões físicas pelo corpo de Mauriceia, o que, para a polícia, não é comum em caso de vítimas carbonizadas. A perícia ainda verificou que a jovem inalou fumaça antes de morrer, o que indica que estava viva quando as chamas começaram. A investigação trata a morte como feminicídio, com uso de fogo. De acordo com a Policia o que chamou a atenção foi o fato de a vítima ser alguém jovem, sem limitação física ou mental que a impedisse de sair da residência, que era de madeira. Ela teria condições de deixar o imóvel. No corpo da Mauriceia, havia indícios incomuns em caso de carbonizado. Isso reforçou a nossa tese de que esse incêndio não foi acidental.
No mesmo dia do incêndio, o delegado Cléverson Luis Müller ouviu o depoimento de sete pessoas, sendo que uma delas apresentou informações divergentes.
"Ele foi preso em flagrante por falso testemunho 12 horas após o incêndio. Enquanto se analisava o auto pela prisão pelo Poder Judiciário, conseguimos coletar novas informações e evidências indicando ele como suspeito de ter praticado o incêndio e solicitamos a prisão temporária", explicou o delegado. A jovem Mauricéia trabalhava em São Miguel do Oeste.