Na manhã desta terça-feira (2), o secretário de Desenvolvimento Social de Brusque, Jocimar dos Santos de Lima, concedeu entrevista à Rádio Cidade, no Rádio Revista Cidade. Em pauta, as ações da pasta no início de governo.
Início na secretaria e orçamento
Prestes a completar um mês à frente da secretaria, Jocimar disse que se preparou para conhecer os servidores, estrutura e orçamento. “Tive o cuidado de visitar os colaboradores. Conversei com todos, conheci a necessidade e a vontade de cada um trabalhar em seu setor. Tomamos conhecimento de todas as situações, das ações ao orçamento”, indicando que foi realizado um diagnóstico sobre as necessidades da pasta.
O secretário afirmou que tem experiência na área, já que trabalhou na Secretaria de Habitação do município de Jaraguá do Sul. “Venho como técnico para fazer gestão e atender bem a população”.
De acordo com ele, o orçamento da pasta é de R$ 11 milhões, porém, com a obtenção de recursos federais, esse valor pode ultrapassar a casa dos R$ 15 milhões. Para Jocimar, esses números ainda não são suficientes para atender as demandas da secretaria. “Temos um orçamento no limite. Se ocorrer, por exemplo, algum evento que tivermos que abrigar uma família, fazer uma suplementação”, revelou.
Moradores de rua
Outro tema abordado na entrevista foi a questão das pessoas em situação de rua e imigrantes. Conforme o secretário, o albergue da cidade acolhe essas pessoas por um período. Ele disse que uma de suas primeiras ações no comando da pasta foi montar equipes com profissionais qualificados para atender essa questão. “Há uma equipe que trabalha das 8 às 20h, e outra que trabalha das 20h às 8h. Qualquer momento que houver uma denúncia, esses profissionais irão realizar a abordagem. Queremos oferecer um pouco de dignidade para essas pessoas”, analisou.
Jocimar dos Santos de Lima afirmou que os moradores de rua acolhidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social passam por uma triagem, onde são colhidas informações sobre a pessoa. “Após essa consulta, oferecemos um local para a pessoa poder tomar banho, até roupa temos para oferecer se for o caso. Iremos encaminhar essas pessoas para o mercado de trabalho, em parceria com o Sine (Sistema Nacional de Empregos).”
O albergue que abriga essas pessoas oferece refeições e lugares para dormir. Porém, a estadia é de no máximo dois meses. Nesse prazo, a pessoa tem que buscar melhorias em sua vida, como um emprego, por exemplo. “Se a pessoa não conseguir e vermos que ela não está se esforçando para conseguir, já sabemos sua cidade de origem através da triagem. Serão encaminhadas para lá, mandadas de volta”, afirmou o secretário.
Ele também revelou que serão realizadas campanhas contra a doação de esmolas. “Peço à população que não dê. Com isso, estamos fomentando que a pessoa fique nessa situação. No albergue, ela tem lugar para dormir e comer, não está totalmente desamparada. Se encontrar alguém nessa situação, ligue para a secretaria e nossa equipe irá abordar essas pessoas para auxiliá-las e encaminhar para o mercado de trabalho”, defendeu.