Um crime com requintes de barbárie e muita crueldade. É o que apontam as primeiras informações coletadas sobre a morte da jovem Flavia Godinho Mafra (24), encontrada sem vida na manhã desta sexta-feira (28) em Canelinha. Grávida de 36 semanas, ela foi morta e o bebê tirado de sua barriga. Um casal conhecido da vítima está preso e a criança viva, hospitalizada.
O sargento Alcir Boaventura, da Polícia Militar de Canelinha, disse esta manhã que a situação começou a se desenrolar ainda na noite de ontem, quinta-feira (27). Por volta de 21h, o Hospital de Canelinha acionou a PM, informando que uma mulher deu entrada na unidade e disse que tinha rompido a bolsa da gestação. Isso teria ocorrido pelas 17h e, apavorada, ela pediu ajuda a três outras pessoas, sendo que um delas ajudou no parto.
O médico que a atendeu suspeitou, já que não havia sinais de ferimentos ou algo semelhante em função do parto. Além disso, o bebê apresentado tinha vários pequenos cortes pelo corpo, o que aumentou ainda mais as suspeitas. "Cortes até profundos, tinha muito sangue”, disse.
Com isso, o médico transferiu o bebe para o hospital em Florianópolis, acompanhado do suposto pai da criança. Pela manhã de hoje, sexta-feira, uma informação chegou à PM, de que havia sido achado um corpo em um terreno de uma olaria, no bairro Galera. Uma viatura se deslocou para a região e confirmou ser o corpo de Flávia.
O policial afirmou que o homem foi preso em Florianópolis, quando tentou retirar o bebê do hospital. A mulher, presa em Canelinha, era conhecida da vítima e teria, inclusive, organizado um chá de bebê.
“Com essa minha experiência e idade, 32 anos de polícia, não teve nenhum crime que me comoveu tanto quanto esse dessa jovem”, disse o policial emocionado.
Flavia desapareceu na tarde de ontem. Ela teria ido a um chá bebê de uma conhecida e não mais foi vista. Ainda durante a noite, família e amigos começaram a divulgar o pedido de socorro para tentar localizar ela. Nas primeiras horas da manhã de hoje chegou a informação de que ela havia sido localizada sem vida.
Flavia tinha 24 anos e era professora n cidade de Canelinha.
Esta tarde, a Polícia Militar de Tijucas, à qual está subordinada a corporação de Canelinha, vai se reunir com a imprensa para dar detalhes do que se apurou do crime.
A entrevista do sargento Boaventura foi concedida ao jornalista Marciano Machado, do Portal Olho Vivo Can, de Canelinha.